É em Portalegre, na freguesia de São Julião, que se produz a Cereja de São Julião DOP,.
Muito doce, graças ao sol alentejano Cereja de São Julião DOP, produz-se nos concelhos de Portalegre, Marvão e Castelo de Vide, mas é ainda desconhecida em grande parte do país.
Este tipo de cereja é proveniente de cultivares resultantes do cruzamento da cerejeira brava (Prunus avium L.) com as variedades autóctones da zona de Portalegre. É uma cereja de cor preta, com acentuada pigmentação na polpa, bem visível ao corte e à mastigação, de sabor muito doce, forma redonda, pedúnculo comprido e com peso médio entre 5 a 8 gramas.
Desde há muitos anos a esta parque que as gentes de S. Mamede descobriram a facilidade de adaptação desta fruteira ao nosso clima. Era comum ouvir falar de locais como Vale do Ródão, Ribeira de Nisa, Monte Carvalho e S. Julião, assim como de pessoas – José Mimoso, Batista Vaz ou Isidoro Maria Tavares Castelhano e muitos outros, todos eles produtores de cereja, como já eram os seus pais. O êxodo rural, o aumento do preço da mão de obra e a falta de compradores fizeram deteriorar-se e mesmo perder-se alguns pomares. No entanto, ainda é fácil encontrar exemplares com 30 e 40 anos que chegaram aos nossos dias e que continuam em produção.
Ricardo Reia dedica-se à produção deste fruto, que o seu pai iniciou há 40 anos e está agora em destaque na rúbrica “Da Terra à Mesa”, projeto Boa Cama Boa Mesa- Expresso que dá a conhecer os produtos portugueses a partir de histórias de sucesso.
Conheça a história de Ricardo Reia em Expresso