A pandemia COVID-19 trouxe efeitos negativos para a economia nacional, cuja atividade esteve praticamente parada durante o período do Estado de Emergência. Com o desconfinamento, a economia tenta retomar o seu rumo, mas ainda a fazerem-se contas aos prejuízos que a pandemia trouxe.
O setor da restauração foi um dos mais afetados pela COVID-19, devido à diminuição de clientes e ao prejuízo que tiveram com o encerramento da atividade durante o período do Estado de Emergência. Os restaurantes tiveram de se adaptar à nova realidade, com a implementação das normas de segurança sanitária e de higiene. Ainda assim, tem sido uma retoma difícil.
Em declarações à Rádio Campanário, Rosa Infante, proprietária do Restaurante “Seara”, em Alqueva, concelho de Portel, conta que “antigamente por esta altura viam-se mais turistas nesta zona” e “tínhamos sempre casa cheia. Agora temos por dia entre 10 a 15 pessoas”.
Rosa Infante refere que “tínhamos turistas de todo o lado”, mas que atualmente “têm sido mais portugueses e agora têm vindo também espanhóis, desde a reabertura das fronteiras”.
A proprietária conta que o restaurante reabriu há cerca de um mês, estando fechado “durante três meses”, algo que se “suporta muito mal” financeiramente.
Desde a sua reabertura, Rosa Infante relata que esteve a trabalhar sozinha, mas entretanto já colocou uma pessoa a trabalhar consigo. “Cheguei a ter cinco pessoas a trabalhar no restaurante, mas agora não consigo arranjar trabalho para elas, pelo que tiveram de ir para o desemprego”, lamenta a proprietária.
Rosa Infante admite que tem sido “um período difícil”, mas “tenho acreditado que isto vai mudar”.