No final de 2017, a azolla, planta aquática invasora, apareceu na ribeira de Oeiras, tendo sido arrastada para o rio Guadiana (em Mértola), após a subida das águas, em consequência das chuvas registadas na última semana.
As fortes chuvas registadas ao longo da última semana, levaram a um aumento do caudal do curso de água, e consequentemente, ao arrastar da planta para o rio Guadiana.
Há cerca de 3 meses, a população notou a existência de uma mancha vermelha que cobria o curso de água na ribeira de Oeiras, muito próximo da confluência com o Guadiana.
Em reunião de Câmara, o município de Mértola fez saber que foi solicitada à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), uma avaliação para identificar a origem da referida mancha, procurando simultaneamente descartar a possibilidade de uma contaminação no poço de bombeamento localizada numa zona onde decorrem obras de construção de um pavilhão multiusos.
Tendo a APA confirmado tratar-se da planta azolla, o município de Mértola fez saber em comunicado que a agência detém a responsabilidade sob o curso de água, tendo sido contactada para proceder à retirada da planta, com caráter de urgência.
Na mesma publicação, o município torna público que contactou a Capitania do Porto de Vila Real de Santo António e Tavira, da qual recebeu a garantia de que a equipa de combate à poluição da capitania “iria retirar todas as plantas invasoras do rio Guadiana”.
De salientar que a azolla é um género de feto-aquático da família Salviniaceae, semelhante à lentilha-de-água. De coloração verde, pode surgir avermelhada quando em condições de stress ambiental. A sua multiplicação é favorecida por condições de temperatura elevada, caudais reduzidos e disponibilidade em nutrientes, principalmente fósforo.
