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Ciclo de Conferências “Jovem Agricultor” decorreu em Estremoz com a temática “Desafios e Oportunidades para o Alentejo” (c/som e fotos)

Decorreu esta quinta-feira, dia 6 de outubro, em Estremoz, o Ciclo de Conferências “Jovem Agricultor”, no Auditório do Parque de Feiras e Exposições de Estremoz, organizada pela Associação de Jovens Agricultores de Portugal.

A iniciativa teve inicio pelas 14h30, tendo intervindo na sessão de abertura o vice-presidente da Câmara Municipal de Estremoz, Francisco Ramos, a gestora do PDR2020, Maria Gabriela Freitas, o presidente do Crédito Agrícola de Estremoz, Monforte e Arronches, Normando Gil Xarepe, CA Seguros, Lino Viegas Afonso e o Diretor-geral da Associação de Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), Firmino Cordeiro.    

No 5º Seminário do Ciclo de Conferências foi abordado o painel Desafios e Oportunidades para o Alentejo.

À reportagem da Rádio Campanário, o Diretor-geral da AJAP, Firmino Cordeiro, começou por referir que a conferência correu muito bem, “tivemos uma boa plateia, muitos jovens presentes e todos os oradores prestaram-se a dar o seu melhor contributo áquilo que lhes foi solicitado e a organização ficou satisfeita”.

Firmino Cordeiro manifestou agrado com a presença da gestora do PDR2020, “que teve uma prestação interessante e deu o corpo às balas em relação ao problema que ela enfrenta enquanto gestora (…) trazia já a carga de que eram muitos projetos que tinham sido submetidos no período de transição entre o PRODER e o PDR2020, neste momento a dotação de todo o programa tem um grau de comprometimento de 80%, estamos em 2016 e faltam três ou quatro anos apara acabar este quadro e vai haver alguma dificuldade (…) mas o que gostávamos de ver era que os nossos projetistas, os nossos jovens que queriam entrar na agricultura, tivessem esse portal aberto e que houvesse dotação orçamental para isso”.

Instado se há projetos a mais e dinheiro a menos, expressa que “acima de tudo há uma grande vontade do setor em investir, e isso é que é importante de reforçar, enquanto que desde 1986, a maioria dos quadros comunitários, andavam a empurrar as pessoas para irem para a agricultura, neste momento, há vontade de se entrar na atividade que passou a ter um maior reconhecimento público”.

Questionado se é possível sem os apoios, que há muito tempo esperam, diz que “os políticos têm que fazer o papel deles que é verem em que medida podem socorrer a vontade de investir por parte dos jovens”.

Expressa que “há uma coisa que se chama os ciclos políticos, tivemos eleições há relativamente pouco tempo e essas eleições atravessaram um encerramento de um quadro ou uma transição de um quadro para o anterior. Por toda a simpatia que muitos agricultores têm pela ministra anterior, ela fez o que politicamente estava correto, seguindo os objetivos dela, que é deixar sempre aberto o programa e as pessoas aderirem ao programa, candidatarem-se, e se não tivesse existido um ciclo eleitoral recente, ela podia ter programado isto com datas de apresentação dos projetos, fazendo uma gestão em bloco dos fundos e isso iria empurrar mais entradas para a frente e não a avalanche que existia, 28 mil projetos no total incluindo 5 mil jovens agricultores que foi uma carga muito grande”.

À reportagem desta Estação Emissora, a gestora do PDR2020, Maria Gabriela Freitas, declarou que a mensagem que deixou aos jovens agricultores, foi de incentivo, “porque são o ator fundamental da revitalização dos territórios rurais e são a geração que pode trazer mais valias tecnológicas e mais inovação ao setor. Claro que partilho com eles as preocupações de não haver a decisão dos projetos que apresentaram em 2015 ao PDR2020, mas julgo que fui clara na solução que encontramos e que estamos a tentar resolver”.

Questionada sobre a solução diz que “no espaço de um ano, foi colocado a concurso para jovens agricultores, uma dotação que correspondeu a 70% daquilo que é o total do que se aprovou no PRODER em todos os anos do PRODER a jovens agricultores e o número de projetos entrados correspondeu também a 68% daquilo que foi o numero de projetos analisados, aprovados, no âmbito do PRODER”, acrescentando que “não é possível por muito esforço que se faça, conseguir dar resposta”.

Salienta que estão a ser feitos esforços no sentido de que “que os projetos que não possam ser aprovados por falta de dotação financeira do concurso e tenham valia, sejam bons projetos, possam ter resposta nos próximos concursos que iremos abrir e que será em dezembro deste ano”.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Estremoz, Francisco Ramos, diz que agradece o facto de Estremoz “ser a cidade escolhida para fazer mais um ciclo de conferência ligado aos jovens agricultores e aquilo que é o plano de desenvolvimento rural do 2020, porque Estremoz é uma região agrícola, nós somos agricultores defensores acérrimos do setor primário que é a agricultura, e entendemos que é o alicerce de uma casa e que só poderá haver industria e comércio se o setor primário estiver a funcionar em condições, e Estremoz como toda a região do Alentejo, tem potencialidades impares onde é possível produzir com qualidade de forma a poder dar uma ajuda significativa ao país, por isso o balanço que faço é que é fundamental os apoios comunitários cheguem aos agricultores, cheguem de uma forma esclarecida, de uma forma transparente, devidamente enquadrados na lei, mas que cheguem com oportunidade, porque se assim for, eu acho que os nossos agricultores em nada ficam a dever aos agricultores do resto da Europa”.

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