A Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central – CIMAC assinou com o Governo, um protocolo de atribuição de recursos para a criação de um Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal.
Com um financiamento para dois anos de 50 mil euros, através Fundo Florestal Permanente, disponibilizará à CIMAC, recursos para apoiar os Gabinetes Municipais de Gestão das Políticas Florestais do Alentejo Central, explica José Calixto, Presidente da CIMAC.
Este gabinete objetiva a coordenação de políticas e estratégias dos “gabinetes de luta contra incêndios e gestão das florestas” já existentes em muito municípios, alguns dos quais multimunicipais.
O dirigente salienta que “a geografia das florestas não tem a ver com a geografia dos municípios”, nem é definida pela mesma, razão pela qual surge a necessidade de uma coordenação entre municípios, e adequação dos meios de vigilância e de “combate aos teatros de operações e à gravidade que eles têm, quando eclodir alguma dessas ocorrências”, “principalmente nas manchas florestais de maiores riscos”.
Na região Alentejo, “felizmente temos um risco que não se compara com outras zonas do país”, aponta. Contudo, “o facto de o risco ser menor, não quer dizer que não tenhamos que ter as mesmas responsabilidades de preservar pessoas e bens como em situações onde o risco é maior”.
Nesta primeira fase, a ação do Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal do Alentejo Central será mais direcionada para “a prevenção e desenvolvimento de políticas de defesa da floresta transversais a manchas florestais que possam estar em vários concelhos”, sendo que posteriormente se perspetiva uma intervenção nos Planos Regionais de Ordenamento Florestal.
“Em termos de prevenção temos todos necessidade de o fazer, seja um risco grande ou pequeno”, declara.
Mais acrescenta o dirigente que a tragédia dos incêndios do verão de 2017, “apesar de todas as críticas que possam ter surgido às determinações do Governo”, resultaram “num processo de consciencialização daquilo que há para fazer na gestão da floresta”, como “se calhar nunca teve”. José Calixto ressalva ainda a importância da existência desta coordenação para apoiar “a luta que os bombeiros fazem em termos operacionais” que “é sempre infindável”.