Em nota enviada à nossa redação, a CIMAC – Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, informa que tomou conhecimento, com surpresa e indignação, das declarações prestadas pelo Presidente da AGIF – Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais, Tiago Oliveira, na Comissão de Agricultura e Pescas da Assembleia da República, em particular, no que referiu sobre os Bombeiros e sobre os Municípios.
Segundo a CIMAC, o Presidente da AGIF entendeu, sem concretizar ou provar, afirmar a aplicação de “uma barbaridade de dinheiro nos bombeiros pelos Municípios, quando não gastam dinheiro a gerir a floresta”, entendeu afirmar, sem concretizar ou provar, a existência de “resistências políticas de distribuição de poder, de não cumprimento de procedimentos, de dinheiros não verificados que tem de ser escalpelizados”. Em nota, a CIMAC refere que “São afirmações de extrema gravidade que levantam suspeições e desconfianças infundadas”
A CIMAC revela ainda no comunicado que o presidente da AGIF “foi ainda mais longe”, acusando os Bombeiros de “receberem em função da área ardida”. Segundo a CIMAC, trata-se de uma “calúnia inqualificável”.
De acordo com o comunicado emitido pela CIMAC, o presidente da AGIF “revela completa ignorância sobre a inestimável atividade dos Bombeiros que vai muito além dos fogos rurais (apenas 7% da atividade) e que, em cada Município, são exemplo de empenho, abnegação e entrega na prestação de serviços públicos determinantes para as populações no âmbito da proteção e socorro de pessoas e bens, ao nível da proteção civil, saúde, prevenção, abastecimento de água, e muito mais”.
A CIMAC refere ainda que os Municípios, do Alentejo Central e do país, têm feito um enorme esforço financeiro e logístico, substituindo-se inúmeras vezes ao Estado Português, para dotar os seus Bombeiros com pessoal, com instalações, com equipamentos indispensáveis às suas missões essenciais às populações e à sociedade.
“Sem o empenhamento e apoio dos Municípios aos seus Bombeiros, Portugal não teria condições para combater os fogos florestais e dar respostas às populações em áreas decisivas e básicas da sociedade.” refere a CIMAC em comunicado.
A CIMAC repudia as afirmações do Presidente da AGIF, junta-se às posições de condenação já expressas por outras CIMs, Municípios, Bombeiros e outras instituições, e considera que o Presidente da AGIF não tem condições para o exercício de tão importante cargo.