No dia de ontem, 26 de agosto, decorreu no Ministério do Ambiente uma reunião que juntou os presidentes dos quatro municípios que a compõem a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines, e o secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro.
Na reunião, a CIMAL colocou “ao Governo o problema da possibilidade de rutura financeira, por parte dos cinco municípios que integram a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral, pelo facto de se encontrarem a financiar o operador Rodoviária do Alentejo, neste período de pandemia”.
Como refere nota do município de Alcácer do Sal, “para benefício das populações, estes cinco municípios têm vindo a garantir, através de transferências financeiras para a Rodoviária do Alentejo, os passes mensais cujo valor não ultrapassa os 40 euros. O Município de Alcácer do Sal assegura ainda o pagamento do passe gratuito para todos os alunos do ensino secundário, que residam a mais de três quilómetros do estabelecimento de ensino”.
No entanto, o Governo informou que dos 94 milhões de euros que tem disponíveis no Orçamento Suplementar, para apoiar os défices das operações de transportes públicos, o Litoral Alentejano, através da CIMAL, só terá direito a 50 mil euros. De acordo com o governante, não existem condições para reforçar a verba, dado que a distribuição já se encontra aprovada. Também foram informados que a esmagadora maioria da verba será transferida para as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto.
Os membros da CIMAL fizeram notar que, no Litoral Alentejano há ausência de transporte de passageiros e que o modo rodoviário é a única oferta existente. Acrescentaram ainda que se encontram num território de enorme dimensão, onde se encontram os dois mais extensos concelhos do país.
Porém, “foi reafirmado que a CIMAL e a Câmara Municipal de Alcácer do Sal, continuarão empenhados em proporcionar passes com um valor máximo de 40 euros a quem deles necessitar, embora seja injusto o valor atribuído pelo Governo”.