Esta segunda feira, 8 de abril, foram absolvidos pelo Tribunal de Évora, 5 médicos que prestavam serviço no hospital da cidade em maio de 2009 e que estavam acusados de homicídio por negligência na assistência a um homem de 29 anos.
O Tribunal considerou que “não ficou provada a tese da acusação”. O caso começou a ser julgado há quase dois anos e estava relacionado com as condições em que ocorreu a morte de um homem de 29 anos, em maio de 2009, no Hospital do Espírito Santo de Évora.
A acusação considera que o homem sofreu um traumatismo torácico, a 21 de abril de 2009, causado por uma égua que lhe caiu sobre o peito, tendo-se dirigido no dia seguinte ao Centro de Saúde de Montemor-o-Novo.
O homem foi posteriormente encaminhado para o serviço de urgência do HESE, onde realizou exames médicos e medicação, tendo posteriormente recebido alta hospitalar.
O homem recorreu ao Centro de Saúde de Montemor-o-Novo mais três vezes e nas últimas duas voltou a ser encaminhado para a urgência do HESE, tendo sido internado na unidade hospitalar a 1 de maio de 2009.
Durante a madrugada do 11º dia de internamento, o homem sofreu uma paragem cardiorrespiratória e foi declarado o óbito.
Esta segunda feira, na leitura da sentença, o juiz frisou o facto de não ter sido provado em tribunal o motivo do falecimento impede “nexo de causalidade” entre a morte do homem e a atuação dos médicos.
Depois de apontar as posições dos vários peritos que se pronunciaram, o magistrado referiu que a causa mais provável foi uma embolia pulmonar, lembrando que o relatório da autopsia aponta para tamponamento cardíaco.