O Ministério Público acusou cinco médicos que prestavam serviço no Hospital do Espírito Santo de Évora em maio de 2009, de homicídio por negligencia na assistência de um homem de 29 anos.
Fontes judiciais revelaram que são apontadas aos cinco arguidos falhas de diagnóstico, erros nos procedimentos clínicos e omissões de cuidados mais especializados de que o hospital dispõe.
Num comunicado publicado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora, o Ministério Público refere que os cinco médicos foram pronunciados para julgamento pela prática do crime de homicídio por negligência.
Segundo a mesma nota, o processo judicial, que levou à acusação dos clínicos, está relacionado com as condições em que ocorreu a morte de um homem de 29 anos, em maio de 2009, no Hospital do Espírito Santo de Évora.
As mesmas fontes judiciais adiantaram que o homem sofreu um traumatismo torácico, no dia 21 de abril de 2009, provocado por uma égua que lhe caiu sobre o peito, dirigindo-se, no dia seguinte, ao Centro de Saúde de Montemor-o-Novo, no distrito de Évora.
Daí, realçaram as mesmas fontes, o homem foi encaminhado para o serviço de urgência do HESE, onde efetuou exames médicos e medicação e, mais tarde, recebeu alta hospitalar por apresentar melhorias.
O doente recorreu ao Centro de Saúde de Montemor-o-Novo mais três vezes e nas últimas duas voltou a ser encaminhado para as urgências do HESE, tendo ficado internado na unidade hospitalar no dia 1 de maio de 2009.
Na madrugada do 11.º dia de internamento, o homem sofreu uma paragem cardiorrespiratória e foi declarado o óbito, indicaram as fontes.
O despacho de pronúncia mantém a acusação do Ministério Público, a qual é acompanhada por resultados de perícias médico-legais e pareceres dos colégios das várias especialidades da Ordem dos Médicos.