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Coletes Amarelos: “informações do PNR, de gente da extrema-direita, não são de confiar” (c/som)

O deputado António Costa da Silva, eleito pelo círculo de Évora do PSD à Assembleia da República, no seu comentário desta segunda-feira, dia 17 de dezembro de 2018, falou da queda do helicóptero do INEM que caiu perto de Valongo, este final de semana, bem como do atraso no resgate, por parte da Força Aérea, que só terá mobilizado o seu helicóptero duas horas depois do alerta.

Sobre a morte dos quatro profissionais do INEM falecidos neste trágico acidente, o deputado sublinha que “o que aconteceu é muito triste” e “claramente lamentável”. Porém, sem se querer precipitar, não deixa de referir que “já são demasiadas matérias em que os equipamentos da Proteção Civil, nomeadamente os equipamentos de informação em que (…) essas comunicações, esses equipamentos, falham sistematicamente”. Isto é, “funciona mal a informação, funciona mal a relação entre as entidades de Proteção Civil e os seus operacionais que estão no terreno”, como neste caso.

A complementar a sua análise, António Costa da Silva abordou a demissão do diretor da CP que terá alertado para o riscos de segurança, para dizer que ao nível dos transportes ao abrigo do estado “as armadilhas são permanentes, temos equipamentos completamente antiquados, que não funcionam, que estão permanentemente avariados”, dando como exemplo que “ainda há dias tivemos um despiste de um elétrico” em Lisboa, e as paralisações nas linhas do Norte ou do Alentejo, nomeadamente, que “deixaram as pessoas completamente ao abandono ao meio da noite”.

“Espero que isso não aconteça, mas temo que um dia, pela falta de manutenção, de equipamentos e este ambiente de deixa andar, vai nos dar dissabores de uma dimensão muito grande”, afirma, acrescentando que “o panorama não é nada positivo”.

Por isso, defende, que é preciso “investir na conservação e manutenção dos nossos equipamentos públicos”, porque “os cortes justificados, através das cativações do governo, são extremamente preocupantes e os resultados a ficar bem a olho nu”.

A terminar a sua rúbrica semana, o deputado social-democrata, abordou a convocatória para uma manifestação de Coletes Amarelos também em Portugal. No que diz respeito às afirmações do PNR, que nega estar envolvido nesta matéria, o deputado diz que “informações do PNR, de gente da extrema-direita, não são de confiar”, por isso “devemos ficar sempre desconfiados”.

Sobre convocatória, propriamente dita, envolta em secretismo, o mesmo considera “preocupante, porque existem muitos indícios, de que há até movimentações, sobretudo dos partidos de extrema-direita, que estão a querer fazer alguma agitação popular”. O mesmo realça ainda que “as dinâmicas sociais, quando são, de certa forma pacíficas, são positivas, quando são violentas e agressivas, são preocupantes”. Apesar disso, “o que é certo é que as pessoas vão sentido um desconforto enorme em relação ao Estado”, o que “leva a situações extremas”.

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