O deputado António Costa da Silva, eleito pelo círculo de Évora do PSD à Assembleia da República, no seu comentário desta segunda-feira, dia 17 de junho de 2019, abordou aos microfones da Rádio Campanário a compra do SIRESP pelo estado português, os formadores do IEFP que continuam sem integração nos quadros, e ainda as notícias que têm vindo a público sobre docentes sem formação que irão corrigir as provas dos exames nacionais.
Relativamente ao anúncio da compra do SIRESP pelo estado, António Costa da Silva começa por referir que “é preciso lembrar que o SIRESP foi criado quando António Costa era ministro da administração interna, foi ele que envolveu os privados e a contratação deste tipo de serviços a privados”.
O deputado refere que “ao longo dos anos verificámos que aquilo que devia ser um serviço redundante e efetivamente infalível afinal não o era”.
António Costa da Silva relembra que “faz dois anos, que em Pedrogão do Alentejo, quando todos os serviços do estado começaram a falhar era previsível que o SIRESP desse uma resposta capaz, no entanto falhou”, acrescentando que “a capacidade operacional que era esperado dos privados acabou por falhar”.
Para o deputado “a polémica estalou nessa altura, sobre se o SIRESP devia passar para a esfera pública ou não”, António Costa da Silva refere que “na minha perspetiva o mais importante não é o facto de ser publico ou privado, o importante é que SIRESP funcione”.
O facto de o SIRESP passar para as mãos do estado é na sua perspetiva “sempre melhor”, justificando que “o estado é responsável pela proteção civil”.
O deputado considera que “no meio disto tudo o estranho é que o SIRESP precisava de 10 milhões de euros para investimentos, valor que o estado não conseguiu concretizar, tendo sido o SIRESP a faze-los em virtude do tribunal de contas ter chumbado as propostas”. No entanto agora “a parte curiosa e estranha é que o estado vai comprar o SIRESP por 7 milhões, ou seja o estado não teve 10 milhões para pagar ao SIRESP, mas vai comprar a totalidade do capital do SIRESP por 7 milhões”.
António Costa da Silva afirma ainda aos nossos microfones que “o estado agora não tem desculpa, uma vez que tem tudo nas suas mãos”.
Relativamente aos técnicos e formadores do IEFP que continuam sem integrar as carreiras do estado, António Costa da Silva considera “mais uma situação muito estranha”. Para o deputado “o estado tem um mecanismo no sentido de integrar pessoas que se encontram numa situação de precariedade perante o estado”, no entanto “ninguém percebe porque é que estes profissionais do IEFP ficaram de fora destes mecanismos de integração, ainda para mais numa área que é estratégica para o país”.
António Costa da Silva lembra que “não temos dinheiro para integrar estes técnicos, mas depois já temos dinheiro para aumentar os funcionários públicos, penso que estamos a ultrapassar os limites da pouca vergonha”.
Relativamente aos docentes que alegadamente irão corrigir provas dos exames nacionais, sem que lhes tenha sido dada qualquer formação, António Costa da Silva apenas refere que é “problemático e absurdo”.