Teve lugar hoje, em Estremoz, a Cerimónia Militar das Comemorações dos 310 anos do Regimento 3 Cavalaria, seguida da palestra “Sul de Angola (1914-15)”.
Presente na cerimónia, Major-General Marco Serronha, Comandante das Forças Terrestres, reconhece ser este um dia importante para o exército, uma vez que, “em termos históricos” é “o regimento mais antigo em atividade”.
Contudo, o Regimento de Cavalaria 3 de Estremoz, enfrenta “desafios em termos operacionais” e necessita de melhorar “as capacidades das infraestruturas em termos de alojamento”, surgindo esta como “uma prioridade do exército”.
Apesar de os “recursos financeiros” não possibilitarem fazer “face a tudo ao mesmo tempo”, Major-General Serronha afirma que “intervenções que vão ter que ser feitas” no quartel de Estremoz.
As comemorações do aniversário, a decorrer desde 15 de setembro, terminaram “com a cerimónia militar”, explica Coronel Paulo Ramos, Comandante do Regimento de Cavalaria 3, em declarações à Rádio Campanário.
Atualmente, as problemáticas dos «Dragões de Olivença», avança, passam pela dificuldade da “manutenção da operacionalidade do esquadrão”, e pela “questão das instalações” que requerem “um investimento financeiro”.
Para o efeito, e questionado relativamente às medidas necessárias para resolver as problemáticas do regimento, Coronel Paulo Ramos aponta a necessidade de “sensibilização da estrutura superior do exército, para as duas preocupações” prioritárias.
Apenas através da melhoria das condições, afirma, “eles escolhem servir no Exército e nas Forças Armadas”.
Considerando todas estas dificuldades, inquirido relativamente à possibilidade de o Regimento de Cavalaria 3 extinguir o seu funcionamento, o seu Comandante nega a hipótese, reconhecendo sim que se possa vir a registar “desperdício de recursos”.
A atividade do Exército pode ser regida “de uma forma mais ou menos eficiente” aponta, “e normalmente, a não resolução destas questões, reflete-se no desperdício de recursos”.
Coronel Paulo Ramos afirma que “o grande fator de atratividade” do voluntariado “é o conforto que os jovens encontram nas unidades”. Uma vez que “os padrões de conforto exigíveis, não são compatíveis com o que se encontra nas unidades militares”, os mesmos não ingressam nas Forças Armadas, apesar de estarem “motivados para a missão das forças armadas”.
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