O Regimento de Cavalaria 3 (RC3), de Estremoz, enviou 30 militares numa missão para o Iraque, no passado dia 30 de outubro de 2015.
Esta é a segunda força portuguesa destacada para aquele país, que tem a missão de proceder ao aprontamento de 11 oficiais, 16 sargentos e três praças, provenientes de unidades que pertencem à Brigada de Reação Rápida (BrigRR) do Exército, sendo que 21 integram as fileiras do RC3, que está também integrado na BrigRR.
Passados dois meses e meio, o comandante do RC3 de Estremoz, Coronel Nuno Duarte, declarou à Rádio Campanário que “a missão está a correr muito bem, continuamos a ministrar a formação e a instrução às forças iraquianas, a moral dos militares é elevada apesar de termos passado a quadra natalícia longe das famílias (…) mas isso obriga a haver mais espirito de união, mais espirito de sacrifício (…)”.
O Coronel Nuno Duarte diz ainda que os militares “estão em segurança, já fomos elogiados pela coligação internacional, nomeadamente pelos espanhóis que coordenam a formação e o campo e Portugal está a cumprir bem a sua missão, como é apanágio dos portugueses ao nível do contexto internacional”.
Quando questionado o comandante do RC3 de Estremoz refere que “os militares estão satisfeitos, tem a moral elevada, sentem-se uteis porque tem um contacto com as forças iraquianas, uma nova cultura e uma nova forma de estar e de ser e também os enriquece como militares e como homens”.
O Coronel Nuno Duarte mostrou-se orgulhoso, “não só pelas cerimónias mas também nos exercícios e nesta prestação internacional que é muito importante para o exército e para Portugal”.
O RC3, a unidade mais antiga em atividade do Exército Português, está instalado em Estremoz há 140 anos, desde 05 de abril de 1875, e integra a Brigada de Reação Rápida, com comando em Tancos, uma das principais unidades operacionais do Exército.
O Regimento de Cavalaria 3 "Dragões de Olivença" tem origem numa das mais antigas unidades do Exército, fundada em 1707, em Olivença.
A Brigada de Reação Rápida integra na sua maioria militares paraquedistas, comandos e de operações especiais altamente treinados.
A elevada preparação dos seus militares e o seu moderno equipamento torna a BrigRR como a principal força de intervenção terrestre de Portugal, com inúmeras operações em vários países.