Na revista de imprensa de hoje, 13 de julho, contámos com o habitual comentário do Eurodeputado do PCP, João Pimenta Lopes.
Foram abordados os temas: os médicos do Serviço Nacional de Saúde a negarem qualquer negociação com o Governo se não houver revisão de carreiras, salários e horas, a precariedade laboral dos jovens de acordo com o mais recente relatório da Comissão Europeia e a “degradação” do serviço postal em Portugal.
Sobre o primeiro tema, relativo ao SNS, o Eurodeputado João Pimenta Lopes refere que “esta situação confirma aquilo que foi a posição do PCP ao longo dos últimos anos, mas em particular em outubro do ano passado quando se discutiu o Orçamento de Estado e quando se denunciou a necessidade de responder com medidas concretas e imediatas aos problemas que se afiguraram como imediatos no SNS, nomeadamente a falta de médicos e de profissionais de saúde em diversos setores e em diversos serviços”. Para o Eurodeputado comunista, a forma de contrariar a ‘fuga’ dos profissionais de saúde para o setor privado passaria por “valorizar as carreiras e valorizar as condições de trabalho destes profissionais”, facto que afirma que o Partido Socialista não garantiu.
Confrontado sobre o contrassenso que é o Estado deixar ‘escapar’ os profissionais de saúde do público para o privado e depois ter de ir sub contratualizar serviços ao privado João Pimenta Lopes responde que o Estado “vai buscar ao setor privado os serviços que deixa de poder prestar por força do desinvestimento crónico e que se acentua e que cada vez mais se verifica no próprio SNS”, adianta.
Sobre o recente relatório da Comissão Europeia sobre a evolução do emprego e da situação social que a Europa que a Rádio Campanário noticiou ontem, o Eurodeputado comunista revela que esta “é uma realidade para a qual nós, também ao longo do período da Pandemia sempre fomos denunciando e alertando”. Pimenta Lopes afirma que a Pandemia foi utilizada “para a desregulação das relações laborais, o aumento da precariedade e para a desproteção dos trabalhadores que afetam, inevitavelmente e particularmente, os jovens”.
O PCP ouve, esta tarde, no Parlamento trabalhadores dos CTT, numa audiência sobre a situação do serviço postal em Portugal. João Pimenta Lopes considera que este serviço está em “degradação crescente” como “consequência da privatização dos CTT”. De acordo com o Eurodeputado, “mais uma vez o Partido Socialista teve oportunidade de inverter este processo de privatização, até tendo em conta o incumprimento das empresas adquirentes“ e não o fez.
Redução de pessoal, precarização das relações laborais, atrasos nas entregas de bens postais são alguns dos pontos negativos do serviço prestado pelos CTT na ótica de João Pimenta Lopes.