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Comentário semanal do eurodeputado José Gusmão aos microfones da Rádio Campanário (c/som)

O eurodeputado José Gusmão, eleito pelo BE, no seu comentário desta sexta-feira, 11 de outubro, abordou aos microfones da Rádio Campanário os resultados das eleições legislativas em Portugal.

O eurodeputado considera que “o resultado do BE manifesta o reconhecimento das pessoas pelo trabalho que fizemos nos últimos 4 anos”, acrescentando que “fomos o único partido a resistir a uma tendência muito forte de subida do PS, que venceu as eleições e apresenta todas as condições para formar um governo”.

José Gusmão refere que “o PS capitalizou muitos dos aspetos mais positivos da política nos últimos anos”, no entanto, “o BE conseguiu resistir a essa pressão do voto no PS”.

Para o eurodeputado “os portugueses consideram que é melhor que o PS governe, mas sem maioria absoluta”.

José Gusmão reconhece que “o BE tem uma quebra eleitoral marginal que lhe permite manter o mesmo número de deputados”, não esquecendo que “o BE apresenta uma tendência para subir nos distritos de não eleição”.

O eurodeputado considera que o anterior acordo entre PS, BE e CDU teve “balanço global muito positivo, temos muito orgulho em ter participado nessa solução política”. Para José Gusmão “o balanço é tão positivo que logo na noite eleitoral nos manifestamos disponíveis para reeditar essa solução”.

Questionado pela RC sobre quais as propostas que o BE apresentou, José Gusmão explica que “tínhamos propostas muito concreta na área do trabalho, na área da saúde, dos serviços públicos, no investimento e na resposta ás alterações climáticas”, acrescentando que “ficámos surpresos quando o Dr. António Costa anunciou que não existem mais conversas para uma nova gerigonça”.

José Gusmão explica ainda que “as implicações orçamentais das nossas propostas seriam positivas”, o BE sabe que “o PS continua a manter as metas orçamentais acordadas com Bruxelas”, no entanto, “a nossa disponibilidade era para trabalhar no mesmo quadro que o PS trabalha”.

O eurodeputado considera que “o PS tem todo o direito de escolher governar segundo o modelo de navegação à vista”, acrescentando que “não pode é exigir aos partidos de esquerda que lhe aprovem os orçamentos sem qualquer concessão política em troca”.

Questionado sobre uma eventual exigência de entrada do BE no governo, José Gusmão nega e refere que “Catarina Martins deixou claro que o BE não estava interessado em integrar o governo”.

Questionado sobre a problemática da abstenção, o eurodeputado considera que “a abstenção está mais relacionada com o que acontece entre as campanhas eleitorais e não tanto com o que acontece durante as mesmas”. Para José Gusmão “era importante que os partidos se debruçassem sobre os problemas do país e que existissem menos casos e questões marginais que contaminam o debate político”, acrescentando ainda que “a abstenção pode estar relacionada com muitos anos de políticas que destruíram alguns dos pilares da nossa democracia”.

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