O Anfiteatro do Colégio Espirito Santo da Universidade de Évora recebeu, na passada terça-feira (4 de Abril), o comissário europeu Carlos Moedas num diálogo sobre os jovens e a Europa, onde foram debatidas novas abordagens e desafios para a comunidade europeia.
A RC acompanhou a iniciativa e falou com Carlos Moedas, que tem as pastas europeias da Investigação, Ciência e Inovação, que olha para as intervenções dos jovens como “questões transversais” as vários setores da sociedade europeia.
“É preciso sobretudo haver maneiras de ligar a Europa aos jovens e que eles percebam o que é a europa e a sua importância”, acrescentou logo de seguida o comissário europeu natural de Beja, exemplificando que “sem europa haveria custos de transação muito mais elevados, ou teríamos que levar passaporte e declarar o dinheiro que levam para outros países”, algo que os jovens “que os jovens tomam como situações adquiridas e não sentem que há uma diferença”, realçou,
A política europeia foi um dos temas mais debatidos, e quando questionado pela RC sobre a mesma, Carlos Moedas sustenta que as decisões devem ser “transparentes” para a melhor compreensão da população, sublinhando que “as pessoas não podem ficar só na primeira derivada (…) têm que ser lidas no seu conjunto e as pessoas têm que perceber porque é que determinada decisão foi feita”.
Questionado sobre as políticas europeias em regiões como o Alentejo, o comissário europeu afirma que “os problemas que vivemos durante muitos anos no interior, com o mundo digital, deixam de ser verdade”, pois considera que uma sociedade digitalizada “não olha a fronteiras”, algo que “vem democratizar e trazer mais oportunidades ao interior do país”, motivo pelo qual afirma que “criar uma empresa digital em Évora ou em Lisboa é a mesma coisa”.
Quanto ao salto tecnológico, Carlos Moedas afirma que “só pode trazer vantagens para a região”, exemplificando com o setor agroalimentar especialmente no Alentejo, onde considera que a tecnologia traz vantagens para a economia, mas que se deve “lutar para que crie postos de trabalho e crie novas profissões”.
Com os jovens como tema central deste colóquio na academia eborense, Carlos Moedas considera que as gerações mais novas são “uma juventude que quer, de certa forma, mudar o mundo, que não quer só trabalhar por trabalhar”, indicando que no Auditório estiveram presentes “jovens que queriam mudar o sistema e uma melhor sociedade”, caraterizando a geração como “aberta e com capacidade de mudar”, rematou.
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