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Companhias de teatro de Serpa e Lisboa estreiam peça “Sete Canções Órficas”

As companhias de teatro Baal 17 e João Garcia Miguel (JGM) vão estrear, na sexta-feira, em Serpa, no Alentejo, a peça “Sete Canções Órficas”, sobre o mítico poeta Orfeu, o tempo e o que fazemos com ele.

A estreia da coprodução da Baal 17, de Serpa, e da JGM, de Lisboa, está marcada para as 21:30, no cineteatro municipal daquela cidade alentejana do distrito de Beja, onde será apresentada no sábado, à mesma hora, e no domingo, às 18:00.

Depois de Serpa, a peça será apresentada entre os dias 11 e 22 deste mês no Teatro Ibérico, em Lisboa, e, a 03 de junho, no Teatro-Cine de Torres Vedras, indicou a Baal 17, em comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo a Baal 17, o texto de Francisco Luís Parreira “Sete Canções Órficas”, gerado “em torno do mito de Orfeu”, um músico e poeta da mitologia grega, “serve como ponto de partida” para a peça, que “interroga de forma prosaica o nosso tempo”.

“É uma peça sobre o encontro e o tempo de vida que temos e o que fazemos com ele. Um poeta hoje, como ontem, quer fazer dançar as pedras, as árvores, os corpos. E interroga-se sobre as suas palavras e os seus gestos”, lê-se num excerto da sinopse da peça citado no comunicado.

A produção, com direção artística e espaço cénico de João Garcia Miguel, é interpretada pelos atores André Marques, Frederico Barata e Sara Ribeiro, da JGM, e Filipe Seixas e Rolando Galhardas, da Baal 17.

O diretor artístico da Baal 17, Rui Ramos, citado no comunicado, apontou “o sentido descentralizador da experiência conceptual e de trabalho desenvolvida entre as duas companhias e que deu origem” à peça.

“O mundo real não é só a capital” portuguesa, Lisboa, sublinhou Rui Ramos, a propósito da estreia da peça em Serpa, “longe dos grandes centros urbanos”.

Rui Ramos reforçou “a importância de levar as dinâmicas culturais para fora dos circuitos habituais e de promover cruzamentos artísticos que exploram diferenças e semelhanças entre processos de trabalho”.

As companhias Baal 17 e JGM integram a associação cultural “A Descampado”, que “visa ampliar a visibilidade e a longevidade de espetáculos dos seus associados”.

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