Os surtos de covid-19 ativos em três lares de Évora, que já infetaram um total de 81 utentes, com dois óbitos, são “a maior preocupação” no concelho, referiu o Presidente da Câmara de Évora.
Carlos Pinto de Sá, considerou que, atualmente, estes três surtos são os que “têm estado a merecer maior atenção da câmara e das outras instituições”, avança a Lusa.
O Lar do Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora da Boa Fé, na área da União das Freguesias de São Sebastião da Giesteira e Nossa Senhora da Boa Fé, regista 33 utentes infetados, dos quais um faleceu.
Contudo, “o surto no lar da Boa Fé está controlado”, sublinhou o autarca á Lusa, assinalando que “houve uma intervenção” das autoridades de saúde, Segurança Social, câmara municipal e junta de freguesia, e “uma grande solidariedade por parte da população, que está a ajudar”.
Como a RC noticiou, um outro lar sob um surto de Covid-19, é o Lar da Fundação Obra de São José Operário situado num bairro periférico de Évora, onde ficaram infetados 27 utentes, sendo que um deles morreu.
Segundo revela o autarca,foi ainda detetado um surto de Covid-19 no Lar da Santa Casa da Misericórdia de Azaruja, com 21 utentes infetados pelo novo coronavírus.
O autarca frisou que não possui dados oficiais sobre o número de funcionários infetados nas três instituições, nem em relação a eventuais utentes destes lares que estão internados no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE).
Além destas situações, foi também detetado um novo surto num colégio particular da cidade, com 19 casos do vírus que provoca a covid-19, mas este “não oferece grande preocupação”, acrescentou.
Já o surto que atingiu, em dezembro passado, o lar particular “A Casinha”, com 43 casos de infeção e sete óbitos, encontra-se em “resolução”, indicou, frisando que, na segunda-feira, esta instituição estava “há 26 dias sem novos casos”.
“Um surto considera-se resolvido ao fim de 28 dias sem novos casos, pelo que admito que hoje ou amanhã [quarta-feira] seja dado como resolvido”, disse.
Carlos Pinto de Sá revelou ainda que está a ser preparado o Pavilhão dos Salesianos para, em caso de emergência, ser utilizado como “hospital de campanha” para doentes com covid-19 do distrito de Évora.
“Só será ativado numa situação de absoluta emergência. Esperamos não chegar lá, mas, naturalmente, queremos ter tudo preparado para que, se houver um problema desse género, seja possível dar uma resposta”, acrescentou.
Quanto à estrutura municipal de apoio criada e cedida pela autarquia ao HESE, o presidente da câmara municipal indicou que este equipamento “já deu a apoio 44 doentes”, dos quais “30 já saíram”, 13 encontram-se lá internados, tendo sido registado ainda um óbito.
(Fonte: Lusa)