O eurodeputado Carlos Zorrinho, no seu comentário semanal desta terça-feira, dia 20 de Março, começou por falar sobre o prazo estabelecido pelo Governo para o lançamento do concurso público internacional para o novo Hospital Central de Évora, realça que na anterior governação (PSD/CDS) “foi preparado o quadro comunitário de apoio e não foi previsto nem um centavo para o novo hospital de Évora”.
Com a reprogramação dos fundos que teve início este ano “foi possível encontrar 40 milhões, mas ainda faltam outros 130”, recordou o comentador da RC, sustentando que “se foi anunciado que o concurso vai ser aberto é porque eles foram encontrados”.
De acordo com o eurodeputado socialista, aquilo que pôde constatar ao acompanhar o processo, a nova infraestrutura “será um hospital de referência do ponto de vista tecnológico” e em simultâneo “adequado ao tipo de território para poder prestar um serviço regional de grande qualidade”.
No que diz respeito à queda de 11% nas exportações para Angola, Carlos Zorrinho considera que “tudo leva a crer” que seja um reflexo do relacionamento entre os países, sustentando que é preciso “perceber porque é que essas relações têm um problema”.
Segundo o comentador da RC, “temos que respeitar a soberania e autonomia de Angola, mas o sistema de justiça em Angola não funciona como em Portugal”, esclareceu, reforçando que o sistema de justiça português é “autónomo do poder político”.
Recorde-se que Angola requer que o processo designado Operação Fizz que envolve o ex-presidente Manuel Vicente seja desenrolado em Angola.
Na europa, nomeadamente em França onde o antigo presidente está a ser ouvido sobre alegados financiamentos da campanha eleitoral proveniente da Líbia, algo que para o comentador da RC “só vem demonstra a importância do financiamento público e transparente das campanhas”.
Carlos Zorrinho reitera a importância “dos agentes político serem tratados como outros agentes na sociedade”, referindo que “muitas vezes é mais fácil dizer ‘os Partidos políticos que arranjem o dinheiro’, mas a comunidade vai pagar muito mais caro se não houver um financiamento transparente”.
Questionado sobre o Sistema Nacional de Saúde (SNS), Carlos Zorrinho reconhece que “é o debate que se trava em Portugal e pelo todo o mundo”, sustentando que “o mundo está a mudar e cada vez há mais necessidade nessa área”.
Sobre a ligação do setor da saúde ao financeiro, tendo em conta as declarações do ministro Mário Centeno que admitiu que não haverá aumentos dos salários em 2019, mas que haverá maior acompanhamento na saúde e educação, algo que para o eurodeputado socialista “é um caminho positivo”.
Segundo Carlos Zorrinho, “não é atirar dinheiro para cima dos problemas que os resolve”, reiterando que “é preciso olhar de uma forma positiva para os vários sistemas, porque o bom funcionamento é aquilo que nos dá força para sermos uns pais competitivo”.