A Confederação Nacional da Agricultura acusou o Governo de tentar promover um “assalto” aos pequenos e médios produtores, através da concentração dos prédios rústicos “em nome da salvação” da floresta.
“Continua em marcha a tentativa de tirar a propriedade aos pequenos e médios produtores com a `promoção da concentração e facilitação da gestão dos prédios rústicos`, em nome da salvação da floresta nacional e do território, desta feita com a criação do grupo de trabalho com o objetivo de tecer recomendações e propostas”, referiu em comunicado a Confederação Nacional da Agricultura.
Para a confederação, está assim confirmada a “obsessão” do executivo em culpar as vítimas.
“Primeiro foram as culpas pelos graves incêndios e pela `desorganização` do território, depois vieram as multas elevadíssimas para quem não `limpasse` as propriedades, coagida pelo medo; mais tarde as terras `indivisas`; depois o `arrendamento forçado`, e agora é uma nova etapa do assalto ao direito à propriedade da terra pela `reorganização burocrática da propriedade”, referiu.
Contestando a política de concentração, a Confederação Nacional da Agricultura pediu o pagamento de um preço justo pela madeira, vincando que o desenvolvimento do país e a recuperação da paisagem passa por mais apoios para os pequenos e médios agricultores e produtores florestais e pela “fragmentação das grandes monoculturas”, do que pela concentração.
“Continuamos a lutar pelo direito à terra, por preços justos à produção da madeira, pela produção nacional e a floresta e por um mundo rural vivo”, terminou.
Fonte: RTP