O Primeiro Ministro António Costa admitiu que o prolongamento se pode estender por todo o mês de março.
O primeiro-ministro, António Costa, assumiu hoje que o atual nível de confinamento terá que ser mantido durante o mês de março, considerando que este não é o momento de começar a “discutir desconfinamentos totais ou parciais”.
“Nós temos que manter o atual nível de confinamento, seguramente para os próximos 15 dias e que devemos assumi-lo realisticamente que o teremos que manter ainda durante o mês de março”, disse aos jornalistas António Costa no Palácio da Ajuda, em Lisboa, no final do Conselho de Ministros para decidir as novas medidas para o estado de emergência cuja autorização para a renovação até 01 de março foi esta tarde aprovada pelo parlamento.
Para o primeiro-ministro, este “não é momento para começar a discutir desconfinamentos totais ou parciais”, mas sim para continuar “com toda a determinação” a fazer o que se tem feito nas últimas semanas porque a situação continua a ser extremamente grave.
Na mensagem inicial, António Costa deu um sinal positivo sobre o atual confinamento e reconheceu o “esforço cívico” dos portugueses, afirmando que o confinamento está a produzir resultados, com uma “redução de novos casos” que se traduz numa redução significativa do risco de transmissibilidade.
Apesar destes resultados, o chefe do executivo avisou que “a situação continua a ser extremamente grave”.
“E esta gravidade, se se traduz no aumento de internados, se se traduz no aumento de internados em cuidados intensivos, traduz-se também no elevadíssimo número de óbitos diários. Está a diminuir também, mas não nos podemos conformar com aquilo que são os números que ainda temos. São absolutamente inaceitáveis”, enfatizou.
Entretanto, o parlamento aprovou esta quinta-feira a renovação do estado de emergência até 1 de março para permitir medidas de contenção da covid-19, com votos favoráveis de PS, PSD, CDS-PP, PAN e a deputada Cristina Rodrigues e votos contra do PCP, PEV, Chega, Iniciativa Liberal e Joacine Katar Moreira. O BE absteve-se.