O porta-voz do Livre, Rui Tavares, não aceita que a extrema-direita tome conta do Alentejo, condena a acusação de traição à Pátria ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, garantindo que o partido nunca irá abandonar o interior e o mundo rural.
No seu discurso, no segundo dia do 14º Congresso do Livre, que decorre até domingo na Costa de Caparica (concelho de Almada), Rui Tavares ‘desancou’ o Chega e André Ventura, sem nunca ter mencionado o nome do partido que apelida de “extrema-direita” nem do seu líder. “Chega” e “André Ventura” pareceram mesmo palavras proibidas no Congresso.
Rui Tavares, que não esteve presente no primeiro dia do Congresso, sexta-feira, por ter já, há muito, um debate agendado no Montijo, salientou que “o País quer coisas do Livre”. “Como disse o Paulo Moacho aqui há pouco, não abandono o interior, não abandono as pequenas localidades, não abandono o mundo rural”, revelando de seguida o que os simpatizantes do Livre lhe têm contado.
E avançou que, de Campo Maior lhe transmitiram que “nós não nos conformamos com esta ideia que agora o Alentejo virou para a extrema-direita. Nós queremos fazer qualquer coisa em Campo Maior. E ligou-me um rapaz de Alcoutim e ligou-me outro de Peniche a dizer a minha mulher é bolsonarista, vocês têm que fazer qualquer coisa contra a desinformação”.
Rui Tavares disse ainda que o partido tem a “obrigação de dizer a todas esta gente, nós não esquecemos ninguém, nós não abandonamos ninguém, não deixamos ninguém à espera, sabemos que vai dar muito trabalho, mas camaradas, chegou o mês de Maio, está tudo florido, vamos querer mais, vamos fazer mais e vamos fazer com que mais gente quera mais” viva”.