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Conheça as declarações dos representantes dos Projetos Incubados no Centro de Inovação Social da Fundação Eugénio de Almeida (c/som e fotos)

Decorreu esta terça-feira, dia 10 de março de 2020, o evento ‘O Alentejo Social Innovation Safari’, organizado pelo Centro Europe Direct Alentejo Central e Litoral, que consistiu em visitas a vários projetos apoiados por fundos comunitários na região do Alentejo Central.
Após a visita ao longo do dia a vários projetos esta atividade culminou com a apresentação de vários projetos incubados no Centro de Inovação Social da Fundação Eugénio de Almeida. No seguimento das apresentações alguns dos intervenientes nestes projetos prestaram declarações aos microfones da Rádio.

 

 

 

Hélder Cabecinha, técnico de empreendedorismo social na Fundação Eugénio de Almeida referiu que o Centro de Inovação Social na fundação “é importante porque acaba por apoiar empreendedores que estão numa fase muito inicial das suas ideias e com todo o astro que a fundação tem a nível social e do apoio social acaba por trazer aos projetos alguma legitimidade”. A fundação para o técnico entrega aos empreendedores uma estrutura administrativa, científica e técnica para que os projetos possam ser colocados em prática.

Na opinião de Hélder Cabecinha “os Fundos Europeus acabam por ser estruturantes porque complementam os fundos existentes na fundação”, estes que não seriam suficientes para o técnico para “levar avante esta missão”.

“Temos 13 projetos incubados no Centro de Inovação Social” referiu Hélder Cabecinha que contou que existe uma meta superior ao número existente e que em termos de técnicos afetos ao projeto, estes são 7.

 

 

Maria Da Conceição Pires, representante do projeto “Dois Recados Dois Sorrisos” Serviços para a Inclusão explicou que este “é um projeto de estafeta de recados à população mais isolada no centro histórico na cidade de Évora e também para os comerciantes e entidades públicas, para qualquer cidadão, que necessitem que lhe façam recados.”

Os serviços como conta a representante são feitos por pessoas com deficiência dos 18 aos 66 anos capazes de exercer a função, sendo que existirão “estafetas recados” e “estafetas sorrisos”.

Foi através da sua participação na sexta edição do curso “Empreendedorismo e Inovação Social” que a representante teve a ideia para o seu projeto, este que foi o vencedor dessa edição e que a partir daí tem recebido apoio por parte da Fundação.

 

 

Marta Pereira, representante do projeto “MindTrain”, é gestora e desenvolvedora deste projeto e conta-nos que esta é uma iniciativa assente na área educativa e baseia-se numa pedagogia global STEAM, que é uma interdisciplinaridade entre a ciência, tecnologia, arte, matemática e engenharia.

“Com este conjunto de disciplinas espera-se desenvolver projetos direcionados para os miúdos, de forma que a aprendizagem seja mais gratificante e prazerosa” referiu Marta Pereira que frisou que a incubação no Centro de Inovação Social permitiu desenvolver um projeto-piloto onde são incluídas problemáticas como o autismo na educação, particularmente com a matemática, programação e arte.”

“Queremos não só trazer crianças e jovens adultos para estas áreas, mas também incluir crianças com alguma problemática e que achamos que tem tudo para dar certo”, finalizou a representante do Projeto “MindTrain”.

 

 

João Aleixo, diretor técnico do Centro de Atividades Ocupacionais da Casa João Cidade diz que este centro “é uma resposta social destinada a jovens e adultos com deficiência que trabalha em várias vertentes entre elas a parte de atelier, atividades estritamente ocupacionais, na parte de atividades de vida diária, dando à pessoa com deficiência a capacidade de desenvolver as suas habilidades do dia-a-dia, seja a nível da casa e a nível da comunidade e na parte de atividades socialmente úteis em que as pessoas são integradas na comunidade em pequenas atividades, quase como uma experiência em mercado de trabalho”.

Segundo João Aleixo, desde o início dos trabalhos no Centro de Atividades Ocupacionais que existe uma parceria com a Fundação Eugénio de Almeida, primeiramente na formação e capacitação dos profissionais. “Quando começámos neste centro foi muito à procura de capacitar melhor os diversos profissionais que temos, mas sempre numa área virada para a sustentabilidade, crescimento, organização interna, a preparação de projetos e atualmente como parceiros privilegiados nesta fase de incubação do projeto “Raízes”.

 

 

Luís Nuno Barrigoto, psicólogo, é o representante do projeto “Xadrez e Memória” e conta-nos que o projeto consiste em várias atividades inseridas num “mega projeto” de combate ao insucesso escolar promovido pela câmara municipal de Montemor-o-Novo. Este projeto é executado por diversas entidades numa parceria com o agrupamento de escolas de Montemor, no qual a associação de Xadrez a Torre está a desenvolver um clube de xadrez, sessões de xadrez terapêutico com crianças com autismo, défice de atenção e hiperatividade e no final irão participar em alguns torneios, sendo que Montemor não tem jogadores de xadrez é também um objetivo formar jogadores desta modalidade.

Na parte social e terapêutica deste projeto, o psicólogo dá o exemplo de “Pedro”, um caso de sucesso neste projeto, ele que há 8 meses não saía sozinho de casa e que atualmente a sua autonomia mudou completamente já que ele abandou as rotinas do passado.

Luís Nuno Barrigoto revela que quando a fundação contactou o projeto, já este estava em desenvolvimento, e este contacto foi feito com o intuito desta iniciativa ser desenvolvida a “outro nível”, podendo ser utilizada este tipo de metodologia noutros projetos a candidatar juntamente com a Fundação ou aparecerem outros investidores que estejam interessados noutras regiões a desenvolver este tipo de atividade.

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