O Alentejo con tin ua a ser uma das regiões mais autênticas de Portugal, com paisagens impressionantes e atividades que representam toda a sua identidade. Com uma cultura rica e com as suas gentes que sabem acolher e receber, passando pela gastronomia e pelas aldeias e vilas típicas, o Alentejo atrai todos os anos milhares de turistas.
A simplicidade das aldeias alentejanas fazem com que o turista, que procura momentos únicos e troca de saberes, se refugie no Alentejo. Conheça algumas das mais bonitas aldeias e vilas alentejanas, segundo indica a Vortexmag.
Começamos a aventura por Castelo de Vide, no distrito de Portalegre. Segundo avança a Vortexmag, ao longe vê-se o imponente castelo, talhado contra as casas brancas. Lá do alto deste, consegue admirar a paisagem alentejana em todo o seu esplendor, com pequenas aldeias no meio dos campos a perder de vista. A cerca de 20km, consegue espreitar Marvão e ainda mais longe, terras de Espanha. Castelo de Vide é um autêntico encanto. Na encosta Norte, poderá encontrar o núcleo histórico da Judiaria, entre o Castelo e a Fonte da Vila. Esta Judiaria representa um dos mais importantes exemplos da presença judaica em Portugal, remontando ao século XIII, tempo de D. Dinis. Esta Judiaria é uma das mais bem preservadas em Portugal, tendo já há alguns anos sido incluída num programa de recuperação e revitalização dos edifícios, preservando assim um dos maiores espólios nacionais de arquitetura civil do período gótico.
Segue-se Monsaraz, no distrito de Évora. Esta vila medieval é a mais antiga do concelho de Reguengos de Monsaraz, com indícios de povoamento pré-histórico, tendo sido nos seus primórdios um castro fortificado. Foi reconquistada aos mouros em 1157 por Geraldo Geraldes, conhecido como “O Sem Pavor”. Em 1167 foi doada aos templários e em 1319 à Ordem de Cristo. Durante séculos, Monsaraz foi um importante entreposto na defesa do Guadiana, vigiando a fronteira com Espanha. Para além de poder visitar todo o seu património arquitetónico, social e histórico, recomendamos que desfrute da paisagem maravilhosa que rodeia a vila. Um dos melhores miradouros para isso é o alto do Castelo (e que merece a sua visita). Procure também visitar a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Lagoa (séculos XIV e XVI),a Ermida de São Bento, a Torre de São Gens do Xarez ou a Ermida de Santa Catarina de Monsaraz.
Também Marvão, no distrito de Portalegre e a poucos quilómetros de Espanha, a vila, segun do a Vortexmag, é rainha e senhora do ponto mais alto da Serra de São Mamede. O Monte de Ammaia, como foi conhecido em tempos, deve o seu atual nome Marvão ao guerreiro mouro Ibn Marúan, que ali se refugiou durante o séc. IX. Sob domínio árabe durante séculos, Marvão integrou as terras de D. Afonso Henriques após a campanha militar da Reconquista Cristã. Em 1160/66, sendo reconquistada por D. Afonso Henriques. Marvão foi uma vitória significativa, graças à sua localização estratégica que lhe proporciona uma defesa natural, já que a paisagem está marcada por encostas íngremes a Norte, Sul e Oeste, sendo apenas possível o acesso a pé no lado Este, onde se desenvolveu a população.
Segue-se Évora Monte (Evoramonte), no distrito de Portalegre, fivca localizada entre Évora e Estremoz. Noutros tempos, teve uma elevada relevância militar, devido à sua posição geográfica, e essa vertente ainda se encontra muito presente nos nossos dias, com as muralhas a protegerem os seus habitantes e a aguardar que os visitantes ali entrem vejam as histórias que há para descobrir. A vila é pequena e cheia de encanto, e o seu tamanho é por isso perfeito para que possa dar uma boa volta a pé pelas ruas, para absorver toda a localidade e encontrar os mais diversos pormenores, desde um ornamento diferente, uma porta ou janela de traça tipicamente alentejana ou apenas um gato pachorrento que descansa à sombra. Tudo muito típico do Alentejo, sim, mas com um toque ainda mais especial aqui, em Evoramonte.
No litoral Alentejano está Porto Covo, que é um autêntico postal alentejano que merece bem uma visita mais demorada, para que possa apreciar bem esta ponte entre o mar e o campo, cada um com os seus encantos e cada um com o seu apelo irresistível e convidativo. No centro da aldeia, pode encontrar uma belíssima praça, conhecida como o largo Marquês de Pombal, que é uma maravilha da arquitetura iluminista do séc. XVIII, sendo rodeado por casinhas caiadas e com barras azuis, portas vermelhas e cortinas de renda a emoldurar as janelas. A partir do largo, estendem-se ruas retilíneas que desembocam em pequenas praias de aldeia dourada com água transparente, uma autêntica antecipação do mediterrâneo.
Santa Susana é uma vila pitoresca, um excelente exemplo da arquitetura bem alentejana. O destaque vai para as casinhas de rés-do-chão, caiadas de branco e com barras azuis e grandes chaminés. Santa Susana está localizada entre duas ribeiras (afluentes da ribeira de Alcáçovas) e está distanciada de Alcácer do Sal (sede de concelho) em 15 km. Mas o autêntico encanto de Santa Susana está nas suas casas brancas, com barra azul em janelas e portas, e que em média são pintadas de dois em dois anos pelos moradores, para que a tradição e encanto da aldeia se mantenham vivas. Mesmo as casas desabitadas são pintadas por vizinhos, num autêntico esforço comunitário para que Santa Susana se mantenha viva e orgulhosa. Ao passear pelas ruas da localidade, delicie-se com o pormenor curioso de algumas das portas de entrada terem as iniciais dos primos Henrique e Manuel, bem como a data em que foram construídas.
Foto: Wikipédia
A vila de Mértola, no distito de Beja, é marcada pela passagem islâmica e romana. Segundo a Vortexmag, Mértola tem diversas credenciais de importância histórica e que ainda hoje está bem viva e presente na vila, tornando-a quase um museu vivo. Foi cidade romana, capital de um reino árabe, e a primeira sede da Ordem de Santiago. As ruas de traçado irregular e medieval permitem-lhe passear através da história e descobrir novos locais a visitar. Na Câmara Municipal, pode encontrar vestígios da Myrtlis romana. Na Torre de Menagem do Castelo, encontra objetos da época pré-islâmica; no Museu Islâmico encontra uma das coleções mais importantes do mundo no que diz respeito a esta época de ocupação moura; e numa antiga igreja, pode deparar-se com uma coleção de arte sacra impressionante.
Arraiolos, no distrito de Évora, conhecido pelo famoso tapede de arraiolos, uma arte passada de geração em geração. Os vestígios arqueológicos aqui encontrados denotam presença humana Neolítica ou talvez até anterior, no Calcolítico. Certo é que a região teria já ocupação significativa desde o IV milénio a.C, não sendo por isso de admirar que este território tenha uma longa e rica história. Aproveite a visita para ver o Castelo da vila e daqui apreciar a paisagem envolvente, de uma grande beleza. Pode também visitar a Igreja do Salvador, uma construção do século XVI que se encontra rodeada pelas muralhas. Outros importantes legados patrimoniais são a Igreja da Misericórdia e a fonte rural Chafariz dos Almocreves, que se encontram inseridos no centro histórico que foi recentemente alvo de obras de preservação. Perto de Arraiolos, encontra a bela aldeia de Santana do Campo, construída sobre Ruínas Romanas, onde pode conhecer o Templo Romano e respetiva estação arqueológica.
Terena (Alandroal), no distrito de Évora, apsar dos poucos habitantes, têm o estatuto de vila. Está situada numa região de grande beleza onde a paz é rainha e senhora. Próximo de terena, pode encontrar a Albufeira da Barragem do Lucifécit, local que pode e deve visitar. Os visitantes, para além de poderem percorrer calmante as ruas da vila, podem também visitar património tão diverso como o Castelo, o Santuário de Nossa Senhora da Boa Nova, a Igreja matriz de São Pedro (com fundação anterior ao século XIV), a Igreja da Misericórdia (séc. XVI), a capela de Santo António (erguida em 1657), o Pelourinho do século XVI e as diversas ruínas romanas que pode encontrar na região.
Fonte: Vortexmag
Fotos: Arquivo RC
