Estes restaurantes de norte a sul do país foram escolhidos pelo Boa Cama Boa Mesa, devido à importância que têm no desenvolvimento da sua região. Pode-se dizer que são os “embaixadores” da melhor gastronomia, pois na confeção dos seus pratos utilizam produtos regionais. Para além disso, o facto de terem passado de geração em geração, seja o próprio espaço ou as receitas utilizadas tornam-nos especiais.
Restaurante Caneiro (Cabeceiras de Basto) – Este restaurante tem quase quatro décadas de existência. Em dois ambientes, um mais virado à paisagem, verdejante, típica da zona, outro voltado à montra de vinhos, no restaurante Caneiro servem-se diversos pratos locais e regionais, que remetem para outros tempos. Aqui pode deliciar-se com produtos e pratos, como as batatas da aldeia, o cabrito com grelos, batatas e arroz de forno, divino, a tradicional posta, mas também o arroz de cabidela e as tripas, entre outras coisas.
O Victor ( Póvoa de Lanhoso) – A generosa posta de bacalhau, alto, assado na brasa, bem regado com azeite, na companhia de saborosas batatas a murro é uma das imagens de marca deste recanto pleno de histórias. O que se destaca deste restauran te é sem dúvida Víctor Peixoto o anfitrião. Já ultrapassou os 80 anos, quase 50 passados à frente do espaço, que é também a casa onde nasceu.
Casa de Souto Velho (Chaves) – Neste restaurante são servidos vários pratos com o gado que o casal que o gere cria. A iguaria da Casa de Souto Velho é o cozido à D. Eufrásia. Leva pé de porco, orelha, peituga, pernil, vitela, galo ou galinha, uma variedade de enchidos e hortaliças. “As únicas coisas que não são caseiras são a vitela, o sal e o arroz”, comenta a cozinheira.
Vallécula (Guarda) – É pela comida que se reconhece o mérito do restaurante Vallécula, das entradas que enchem os olhos e fazem querer provar tudo, como os patês e a perdiz finamente desfiada, os queijos de pasta soberba ou o pão acabado de fazer.
Rei dos Leitões (Mealhada) – A equipa de cozinha deste restaurante sabe que o leitão à Bairrada é intocável e sempre a razão maior para a visita, mas espevitam-se os sentidos com outras carnes de superior qualidade, peixes e mariscos frescos, e novas combinações.
O Manjar do Marquês (Pombal) – O arroz de tomate deste restaurante já ganhou fama internacional, bem como a posta de bacalhau frita ou os pastéis de bacalhau, generosos em tamanho e em “fiel amigo”.
Taberna do Adro (Elvas) – “Troquei tudo por tachos e panelas e não estou arrependida. O meu lema é não estar na moda.” Maria José Sousa revela que há 21 anos quis abraçar a “comida de pobre quando ninguém a queria, salvar as migas” e prestigiar a gastronomia alentejana. Com a ajuda de José e Luís Sousa, filho e marido, alcançou-se o intento com mérito e esta casa tornou-se num símbolo regional. Escolhem-se as entradas a partir de uma bandeja, havendo tiborna, pimentos assados, queijo de ovelha, o pastelão e a paiola de porco preto. O prato mais famoso do restaurante Taberna do Adro é a galinha tostada, que é cozida, desfiada e envolvida num piso de salsa e alho. Serve com três tipos de migas: de couve-flor, tomate e batata. As carnes de porco de alguidar, o cachaço de porco alentejano assado no forno e os pezinhos de coentrada são também apreciados. No fim, sericá e a ginjinha, porque aqui é “sempre dia de festa”.