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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

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“Continuamos a lutar pela proteção do Tapete de Arraiolos e pela valorização das nossas Bordadeiras” diz Pres. da CM de Arraiolos (c/som)

Já está na rua mais uma edição do “Tapete está na Rua” , um evento organizado pelo Município de Arraiolos.

“O Tapete está na Rua” é uma iniciativa de valorização e promoção do “Tapete de Arraiolos” e pretende afirmar-se como proposta de intervenção cultural abrangente, onde a economia local e a dinamização cultural são componentes indissociáveis para concretizar os objetivos propostos.

A Rádio campanário esteve presente no arranque do certame e falou com Sílvia Pinto, Presidente da Autarquia de Arraiolos, que em declarações à RC começou por dizer “vão ser dias de muita animação mas sobretudo queremos trazer novamente para debate o tapete de Arraiolos e a sua certificação.”

A Autarca sublinha “este é um dos nossos papéis, continuar a lutar pela valorização e pela promoção e proteção deste nosso tapete e para isso vamos organizar na próxima sexta-feira uma conferência onde vão estar presentes várias entidades e onde vamos debater o que é o Tapete de Arraiolos hoje, o que seria sem as várias ações que a Câmara tem promovido ao longos dos tempos e o que podemos fazer por ele no futuro.”

Questionada pelos Jornalistas sobre o que pode ser feito pelo futuro do Tapete de Arraiolos, a Presidente da Câmara Municipal referiu “há muito que lutamos pela implementação da Lei de 2002 para a  criação do centro para a promoção da valorização do Tapete e com isso chegar à sua certificação “ ainda assim acrescenta “acreditamos também que é urgente e necessário valorizarmos as Bordadeiras.”
A este propósito esclarece “temos que dar-lhes outras condições laborais para que se cative mais pessoas para cozer o tapete e valorize as que já existem .”

“É necessário valorizarmos o nosso património e a nossa cultura para que eles possam continuar a existir no futuro” realçou ainda a Presidente da Câmara de Arraiolos.

Devido à idade já avançada de algumas das Borbabeiras, Silvia Pinto explica “para combater esta questão temos estado nas escolas com o projeto Aprender para transformar e temos levado o espaço educativo do centro interpretativo do Tapete de Arraiolos até lá “ explicando “as crianças do 1º ciclo adoram os desafios que lhes são lançados, e portanto estamos a conseguir passar esta mensagem aos nossos jovens mas falrta a parte de quem é que quer fazer Tapete de Arraiolos no Futuro” uma situação que já preocupa algumas casas dedicadas a esta arte e onde as Bordadeiras existentes têm já alguma idade.

“Apelamos às entidades governamentais que olhem para as Bordadeiras à semelhança, por exemplo do que foi feito com os Bordados da Madeira” acrescentou ainda Sílvia Pinto.

“É necessário olhar para as questões da Segurança Social, do direito ao desemprego, Baixas, a relação da saúde” explicou ainda a Presidente que acrescenta “nós enquanto poder local fazemos aquilo que nos é possível para ir chamando a atenção para este património.”

A Presidente de Arraiolos conta ainda “estamos a conseguir levar o Tapete de Arraiolos lá fora , colocá-lo nos meios artísticos internacionais mas isso não basta, é preciso muito mais.”

Quanto ao processo de candidatura do Tapete de Arraiolos a Património da Unesco, Silvia Pinto explica “estamos na fase final desse dossier e esperamos muito em breve estar em condições de o apresentar.”

No que diz respeito às mais valias que podem decorrer para o Tapete de Arraiolos dada a proximidade de Arraiolos a Évora e do Processo de Évora Capital Europeia da Cultura, Sílvia Pinto acrescenta “a candidatura de Évora agarrou muito a imagem no território e nós apoiámos essa candidatura com muito gosto ; com Évora a ganhar, ganhamos todos nós , Alentejo”.

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