A Fundação Eugénio de Almeida (FEA) está a promover, desde hoje e até final do mês, um conjunto de visitas adicionais ao Convento da Cartuxa, em Évora, anunciou a instituição.
O novo conjunto de visitas pretende “responder ao grande interesse que continuam a manifestar os que procuram conhecer este exemplar único da arquitetura religiosa em Portugal”, justificou a FEA, em comunicado.
As visitas guiadas ao Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli (ou Escada do Céu), mais conhecido como Convento da Cartuxa, decorrem até 31 de julho, de terça-feira a sábado, para grupos até 20 pessoas, mediante marcação prévia, informou a fundação.
Após a saída dos últimos monges cartuxos, que viviam em reclusão e clausura, o mosteiro foi ‘palco’ das primeiras visitas guiadas a 07 de agosto de 2020, a que se juntaram depois diversas visitas abertas, promovidas pela FEA.
No passado mês de abril, o espaço voltou a abrir ao público, após a realização de “obras de requalificação necessárias para o acolhimento das Irmãs do Instituto das Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará”, que vão passar a ‘habitar’ o mosteiro.
As visitas a este “espaço de recolhimento e espiritualidade” foram, depois, encerradas em 18 de maio, mas “a elevada procura” levou agora a FEA “a preparar um programa para as últimas visitas guiadas”.
“Em breve, o Mosteiro da Cartuxa de Évora encerra as suas portas à comunidade” de forma definitiva, lembrou a fundação.
O Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli, situado na periferia da cidade, foi, “durante 60 anos, um espaço inacessível, marcado pela clausura, silêncio e recolhimento da comunidade de cartuxos”.
Os últimos quatro monges da Ordem de São Bruno saíram no final de 2019, tendo o arcebispo de Évora, Francisco Senra Coelho, revelado, na altura, que o Convento da Cartuxa passaria a ser ocupado por monjas do Instituto das Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará.
Com construção iniciada em 1587, o Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli foi o primeiro eremitério em Portugal da Ordem da Cartuxa.
Ao longo do tempo, teve diferentes utilizações, nomeadamente como Hospício de Donzelas Pobres de Évora, Escola Agrícola Regional e centro de lavoura da Casa Agrícola Eugénio de Almeida.
Acabou por recuperar a sua função religiosa em 1960, “graças à intervenção de Vasco Maria Eugénio de Almeida”, relatou a FEA.
C/ Lusa