Está-se a realizar em Évora, desde dia 25 e até ao dia 30 de Outubro a 27ª Exposição Filatélica Nacional, EBORA22, retomando o evento que celebraria os 500 anos do correio em Portugal em 2020, adiado pela pandemia.
Pedro Vaz Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Filatelia (FPF), atividade que consiste no estudo, pesquisa e coleccionismo de selos, decreve-se como “amante da história de Portugal”, e explica em entrevista à Rádio Campanário a importância não só do selo em si, mas dos correios como um todo. “Nós temos um conjunto de peças circuladas com carimbos com censura da Primeira Guerra Mundial, carimbos de caminhos de ferro, carimbos de correio aéreo (…) dos primeiros voos”.
Serão apresentados 2 livros publicados pela FPF e Correios de Portugal nesta celebração dos 500 anos do correio em Portugal, bem como um terceiro livro sobre a filatelia no olimpismo, produzido em parceria com o Comité Olímpico Português.
O presidente da FPF fala ainda na história do Correio-Mor do Reino, criado pelo Rei D.Manuel I através de uma carta régia a 6 de Novembro de 1520. “Se recuarmos ao tempo dos Correios-Mor (…) todos aqueles textos retratam a nossa história (…) o Correio-Mor tinha como obrigação distribuir o correio do rei”.
Ainda em relação à estrutura histórica, Pedro Vaz Pereira diz à Rádio Campanário -“O correio em si e não só o selo é um arquivo histórico fundamental (…). Foi sempre um serviço privado, só se tornou público em 1797, quando o estado efetivamente acaba com o Correio-Mor.”
Évora será de 25 a 30 de Outubro a capital nacional de filatelia.