O Projeto de Intervenção Florestal liderado pela Corticeira Amorim propõe-se a mobilizar os produtores florestais a plantarem cerca de 50 mil hectares de sobros nos próximos 10 anos.
A Corticeira acredita que com um aumento de 7% da área atual de sobreiros em Portugal será possível aumentar em 35% a produção de cortiça, segundo refere António Rios de Amorim em declarações ao Expresso.
O Projeto de Intervenção Florestal foi lançado em 2013 e pretende assegurar a manutenção, preservação e valorização das florestas de sobro, ao mesmo tempo que aumenta a produção de cortiça.
Segundo explica a empresa, citada pelo Expresso, “o projeto centrou-se na investigação científica e na biotecnologia, em especial na antecipação do primeiro ciclo de extração de cortiça, através de um sistema de rega de instalação melhorada (gota a gota)”, visando “expandir o conhecimento da espécie e de toda a matéria ligada ao montado e à subericultura”.
“A segunda fase consistiu na aplicação do ‘know how’ e de novas tecnologias no terreno, tendo sido apurado, durante testes efetuados em plantações ao processo de irrigação de sobreiros, que “a irrigação gota a gota (num período inicial e limitado) permitirá aumentar a taxa de sobrevivência dos sobreiros e antecipar o período inicial de extração de cortiça de 25 para cerca de 10 anos”. Após este suporte inicial, concluiu-se que “a plantação de sobreiros não necessita de mais água”.
A terceira fase do PIF centra-se na “partilha de conhecimento, incentivando o apoio a produtores florestais em Portugal e em Espanha, com o objetivo de melhorar o rendimento e a densidade dos montados de sobro nesta região onde se concentra uma importante percentagem da área total de floresta de sobreiro mundial”.
A Corticeira Amorim considera ainda estar a apostar nas externalidades positivas do ecossistema do montado, como a retenção carbónica, a biodiversidade associada aos montados e combate à desertificação.