A Rota Vicentina conquista a certificação europeia “Leading Quality Trails –Best Europe” de percursos pedestres ,o primeiro selo de qualidade de trilhos reconhecido em toda a Europa Ocidental, atribuído pela European Ramblers Association.
A European Ramblers Association, entidade máxima a nível europeu na organização do setor dos percursos pedestres já certificou rotas de 12 países como a Alemanha, Aústria, Dinamarca,Grécia e Luxemburgo.
Em entrevista à Rádio Campanário a diretora da Rota Vicentina, Marta Cabral, fala no processo que tornou possível esta distinção dizendo que “ esta certificação reúne uma série de critérios que estão relacionados com a qualidade paisagistíca e do trilho, os atrativos turistícos da zona envolvente,a sinalética e a acessibilidade.”Revelando que “o projeto foi submetido a um sistema de pontução em que felizmente conseguimos nos evidenciar com uma boa classificação porque de alguma forma esta certificação foi ao encontro das nossas preocupações de qualidade.”
Questionada sobre os territórios abrangidos nesta rede de cerca de 400 quilómetros de trilhos pedestres pela costa do Alentejo e Algarve, a diretora da Rota Vicentina adianta-nos que “ optamos por certificar apenas o caminho histórico com o objetivo de diminuir as assimetrias entre o Litoral e o Interior, ou seja, no que se refere ao território alentejano integra todo o troço que vai desde Santiago do Cacém, Sines, Cercal, São Luís, Odemira, Santo António Odeceixe.”
Instada a comentar sobre as expetativas de visitantes , Marta Cabral, destaca a aposta no mercado alemão assegurando que “estamos a trabalha numa série de outras ações promocionais que serão complementares à certificação, portanto, a nossa expetativa é a de aumentar receita proviniente do mercado alemão de modo a que possa duplicar a médio e longo prazo.”
O total do investimento deste projeto, que não foi comparticipado por fundos europeus, é de cerca de 12 mil euros.
A entrevistada pronuncia-se sobre o trabalho que tem sido realizado , nos últimos anos em Portugal continental referindo que “ ainda não muito trabalho desenvolvido nesta àrea e por esse motivo acredito que esta certificação sirva não só o Alentejo e o Algarve mas até o próprio país porque abre uma porta de credibilidade que é interessante e pode ser oportuna para outras outras regiões.” Salienta ainda que este reconhecimento europeu “ é uma chamada de atenção para qualidade com que estamos a trabalhar neste setor e para o investimestimento que está a ser feito.”