Portugal continental registava na segunda-feira 306 surtos de covid-19 ativos, incluindo dois em instituições de saúde, seis em lares e 136 em estabelecimentos de educação e ensino, indicam dados da Direção-Geral da Saúde avançados hoje à agência Lusa.
Comparando com 14 de junho, Portugal continental regista hoje mais 65 surtos ativos, mas, apesar do aumento, a DGS nota que estes dados “contrastam drasticamente” com o máximo registado em fevereiro, quando chegaram a existir em Portugal continental 921 surtos ativos.
Mais de metade dos surtos de covid-19 ativos concentra-se na Região de Lisboa e Vale do Tejo, com 203, mais 35 do que os registados em 14 de junho, enquanto a Região Norte regista 49 surtos, mais 19.
A região do Algarve regista 26 surtos ativos, mais três do que na segunda-feira, o Alentejo 16, mais três, e a região Centro 12, mais cinco.
Segundo os dados da DGS, 116 surtos ativos são em estabelecimentos de educação e ensino dos setores público e privado (escolas, ensino superior, creches e demais equipamentos sociais)
“À data do reporte, existiam 666 casos de covid-19 acumulados nesses surtos ativos, que dizem respeito a alunos, profissionais e coabitantes dos mesmos, parte dos quais já estarão recuperados”, refere a autoridade de saúde em resposta enviada à Lusa
Sublinha ainda que se trata de “um número significativamente inferior ao início do ano”, no período em que as atividades letivas presenciais ainda decorriam, em que se chegaram a registar 190 surtos.
Existem também dois surtos ativos em instituições de saúde com quatro casos confirmados, refere a DGS, sem precisar as regiões onde se localizam.
Assinala ainda a existência de seis surtos em lares de idosos, cinco dos quais na região de Lisboa e Vale do Tejo e um na região do Algarve, que corresponde a 54 casos de covid-19, parte dos quais já estarão recuperados.
“Também neste setor a redução do número de surtos tem sido significativa. Em fevereiro, Portugal registou o maior número de surtos ativos em lares de idosos: 405”, afirma a DGS, salientando que “a diminuição drástica neste contexto demonstra a importância que a vacinação tem tido no controlo da pandemia e na proteção da população mais vulnerável”.
Um surto ativo é constituído por dois ou mais casos confirmados com ligação epidemiológica entre si no tempo e no espaço. Só depois de terem decorrido 28 dias após a data do diagnóstico do último caso confirmado (dois períodos de incubação sem novos casos) é que o surto é dado como encerrado.
C/ Notícias ao Minuto