O Alentejo contabiliza no dia de hoje, 06 de janeiro, 16 surtos de Covid-19 em lares de terceira idade, com cerca de 750 utentes infetados, revela o Presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo.
José Robalo considerou que o elevado número de surtos em estruturas residenciais para idosos (ERPI) “faz com que a incidência” de infeções na região “suba muito”, uma vez que “esta proliferação de infeções se faz de forma mais fácil em ambientes fechados”, e demarcou o elevado número de surtos dos casos existentes na comunidade, avança a Lusa.
“Por exemplo, no Alentejo Central, que é um pouco um espelho do que se passa noutras áreas, temos neste momento cerca de 300 pessoas infetadas em lares. E se olharmos para o número de colaboradores destas instituições, andarão à volta de 150”, justificou o presidente da ARS Alentejo.
Estes números traduzem-se numa preocupação em relação aos lares da região. Independentemente do inicio da vacinação em várias estruturas, José Robalo apela para que as pessoas continuem a seguir as indicações básicas da Direção-Geral da Saúde (DGS).
“Se não continuarmos a solicitar às pessoas para garantir o distanciamento físico, para ter os cuidados de higiene, particularmente com as mãos, utilizando desinfetantes de base alcoólica e se não insistirmos em usarem máscaras, mesmo com as vacinas vamos ter dificuldades para evitar esta proliferação”, advertiu José Robalo.
O Presidente da ARS Alentejo, relembra para o facto de que, “não se tem conhecimento é se uma pessoa que foi vacinada consegue transmitir o vírus”.
“Calcule que a pessoa tem o vírus nas mãos. Ela pode, de facto, estar protegida relativamente à infeção, mas ser um fator de transporte para outras pessoas e é isso que temos de continuar a preservar: essa preocupação de manter as condições básicas determinadas pela DGS”, exemplificou em declarações à Lusa.
A atual vaga de Covid-19 que assola o Alentejo, “está a ter uma maior incidência” do que as anteriores. O Presidente acrescenta que há dois dias a região atingiu “o máximo de doentes internados em hospitais”.
“Estamos a funcionar em rede. Significa que, se não tivermos capacidade num hospital, podemos perceber junto dos outros para onde é que podemos encaminhar os doentes de forma a que tenham todos os cuidados a que têm direito e o melhor atendimento possível”, explicou o presidente da ARS Alentejo.
(Fonte: Lusa)