O número de casos de COVID-19 no surto no lar da Misericórdia de Alcáçovas, em Viana do Alentejo (Évora), subiu de 34 para 66, com a deteção de mais utentes e funcionários infetados, revelou hoje o provedor.
“O número de infetados aumentou muitíssimo”, reconheceu à agência Lusa o provedor da Santa Casa, João Penetra, que explicou que os novos casos foram detetados na ação de testagem realizada pelas equipas de Saúde Pública, na segunda-feira.
Os resultados destes testes de rastreio ao novo coronavírus SARS-CoV-2 foram conhecidos hoje e dão conta de mais 24 utentes e mais oito trabalhadores infetados, referiu.
O número de casos de COVID-19 neste surto praticamente duplicou, assim sendo, neste último dia, já que o anterior balanço era de 34 pessoas – das quais 33 com infeção ativa e uma trabalhadora recuperada – e, agora, são 66 – igualmente contabilizando a pessoa recuperada.
“Temos um total de 48 utentes infetados, sendo que só um é que está internado” no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), e “18 funcionários” com SARS-CoV-2, “dos quais 17 são casos ativos” e a outra é a trabalhadora recuperada, esclareceu o provedor.
Os funcionários infetados encontram-se nas suas casas, a cumprir quarentena, e os utentes permanecem todos no lar, embora os que tiveram resultado positivo para o vírus que provoca a COVID-19 estejam “separados dos restantes” idosos que não estão infetados.
Devido ao surto, a Santa Casa da Misericórdia de Alcáçovas, vila que é sede de freguesia no concelho de Viana do Alentejo, já anunciou que vai encerrar, a partir de quarta-feira, os serviços destinados à infância, que incluem uma creche, centro de atividades de tempos livres e oficina das artes.
“Por precaução e para mobilizar os nossos trabalhadores para a resposta que é necessária” no lar, foi decidido encerrar os serviços de infância, que vão manter apenas “serviços mínimos” para dar resposta aos “filhos das funcionárias da Santa Casa e de profissionais de saúde e de segurança”, disse João Penetra.
As valências não têm data prevista para a reabertura, dependendo da evolução da situação epidemiológica” no lar.
De acordo com João Penetra, este surto terá tido origem num enfermeiro que presta serviços no lar e que teve resultado positivo num teste.
No dia 07, foram feitos os primeiros testes a todos os utentes e funcionários, o que permitiu detetar os primeiros casos.