O Conselho de Ministros reuniu esta quinta-feira, depois de ter sido aprovado o Estado de Emergência até 15 de janeiro.
António Costa falou ao país após o Conselho de Ministros ter reunido, um dia depois de Portugal ter batido o recorde diário de casos de Covid-19, com o registo de mais de 10 mil novos infetados com a doença, em apenas 24 horas, e no dia em que o número de casos voltou a ficar muito perto dos 10.000 casos.
Tal como a Rádio Campanário noticiou, o primeiro-ministro começou por anunciar que “aquilo que o Conselho de Ministros aprovou foi estender as regras em vigor para os próximos sete dias, como medida cautelar. Mas este fim de semana vão aplicar-se por igual, a todos os concelhos com mais de 240 casos por cem mil habitantes – só 25 estão a salvo – a regra de proibição de circulação entre concelhos e de proibição de circulação na via pública após as 13 horas”.
O concelho de Vila Viçosa, atualmente em risco elevado está por isso abrangido por estas restrições.
De acordo com a notícia avançada pelo Notícias ao minuto, dado o crescimento de casos de infeção, António Costa não escondeu que “provavelmente teremos de adotar medidas mais restritivas, a partir da próxima semana”.
“Pode ser útil não esperar por dia 15 para tomarmos novas decisões […]. Devemos ir ajustando as medidas à evolução da pandemia, tendo sempre em conta os dados mais atuais possíveis”, salientou o Chefe do Governo a partir do Palácio da Ajuda, referindo-se não só à evolução do número de casos diário, como à reunião de dia 12 de janeiro, no Infarmed.
Sobre as consequências do aligeiramento das medidas restritivas no Natal, o primeiro-ministro recordou que percebeu logo que seria “natural” que os casos aumentassem. Contudo, “os números de ontem e hoje são muito distintos e dispares dos do início da semana”” e, por isso, “temos que ver o que é efeito da maior circulação, o que é efeito de as pessoas terem testado menos no período das festas”.
O primeiro-ministro admitiu ainda um confinamento, como na primeira vaga da pandemia, se o número de casos diários de coronavírus em Portugal continuar a rondar os 10 mil refererindo “O cenário que podemos ter como provável são medidas semelhantes àquelas que tivemos em março, mas sem prejudicar o ano letivo como aconselham os especialistas”, frisou, acrescentando, no entanto, que, tal como “todos os especialistas indicam”, deve-se assegurar “o normal funcionamento das escolas” ressalvando ainda, se forem adotadas mais medidas restritivas, no dia 12, após ouvir os especialistas do Infarmed, que estas serão aplicadas “de imediato”.