14.8 C
Vila Viçosa
Quinta-feira, Novembro 21, 2024

Ouvir Rádio

Data:

Partilhar

Recomendamos

Covid-19 – Cozinha Social em Évora serviu quase 31 mil refeições aos mais vulneráveis durante o último ano

Quase 31 mil refeições, numa média de 700 por semana, foram servidas pela Cozinha Social criada pela Fundação Eugénio de Almeida, em Évora, em quase um ano, para apoiar os mais vulneráveis face à pandemia de covid-19.

“Foram, até ao momento, disponibilizadas 30.921 refeições, numa média de 700 refeições por semana”, disse hoje à agência Lusa o presidente da Fundação Eugénio de Almeida (FEA), Francisco Senra Coelho, que é também o arcebispo de Évora.

Segundo informação disponibilizada hoje à Lusa pela fundação, esta valência da Cozinha Social, que integra o Fundo Financeiro Extraordinário (FFE) criado pela instituição entre maio e junho do ano passado, está a apoiar um total de 54 adultos e três crianças.

“Mas tivemos momentos em que foi muito maior o número” de pessoas apoiadas e de refeições servidas, relatou Francisco Senra Coelho, aludindo a períodos, no decurso da pandemia de covid-19, em que “houve instituições” de apoio social aos mais vulneráveis “que estão no terreno” e que tiveram casos de ‘covid’ entre os seus funcionários e voluntários.

E, aí, “tivemos de ajudar e apoiar as pessoas dessa instituição que precisaram de receber alimentação”, realçou, indicando que, houve “semanas” em que “eram mesmo 200 refeições por dia, todos os dias” que saíam da Cozinha Social.

Esta valência foi criada no início de maio do ano passado e funciona na Enoteca Cartuxa, um espaço de promoção dos vinhos da FEA e de petiscos, na zona da acrópole da cidade e a “dois passos” do templo romano.

A Cozinha Social visa assegurar as necessidades básicas de alimentação a pessoas e famílias que se encontrem em situação de vulnerabilidade e carência económica, resultante da pandemia de covid-19, na cidade de Évora, segundo a FEA.

A fundação explicou ainda que esta resposta se articula com várias organizações da cidade, como a Cruz Vermelha Portuguesa, a Refood, a Associação Pão e Paz, a Cáritas Diocesana, o Centro Social de S. Brás e a Santa Casa da Misericórdia de Évora.

Esta é a medida “mais conhecida e visível” do Fundo Financeiro Extraordinário que a FEA relançou agora, tendo para distribuir ainda 365 mil dos 600 mil euros da verba total que lhe foi alocada.

Segundo a FEA, logo no início, 100 mil euros foram destinados a ações de responsabilidades social em empresas participadas pela fundação, para manutenção de postos de trabalho.

Desde maio/junho do ano passado, foram também recebidos 18 pedidos para a medida de apoio social de emergência, que atribui ajudas pecuniárias a agregados familiares com quebra de rendimento igual ou superior a 50%, enquanto, na medida de apoio às organizações do terceiro setor, a FEA deu resposta a 17 pedidos.

Neste quase primeiro ano do FFE, “foram registados dois pedidos de apoio” de instituições para ajudar a arranjar trabalhadores para equipamentos sociais e de saúde, indicou Francisco Senra Coelho, precisando que o valor de 10% atribuído a cada organização, combinado com as verbas do Instituto do Emprego e Formação Profissional, tiveram um impacto amplo: “Permitiram que contratassem 38 trabalhadores”.

Os cerca de 235 mil euros já gastos do FFE permitiram também apoiar outras áreas, de entre as quais voluntariado ou a atividade da comunidade artística, num total de 10 projetos, envolvendo 28 artistas, tendo três das iniciativas sido apresentadas no ano passado e estando sete programadas para serem mostradas este ano.

Os dois primeiros casos de pessoas infetadas em Portugal com o novo coronavírus foram anunciados em 02 de março de 2020, enquanto a primeira morte foi comunicada ao país em 16 de março.

No dia 19, ou seja, há precisamente um ano, entrou em vigor o primeiro período de estado de emergência, que previa o confinamento obrigatório, restrições à circulação em Portugal continental e suspensão de atividade em diversas áreas.

A suspensão ou restrição de atividade em variados setores, como restauração, comércio, turismo e cultura, entre outros, elevou o número de falências em Portugal, agravou situações de precariedade e provocou aumento do desemprego.

 

In lusa

Populares