O jornal Expresso, na sua edição de hoje, avança com a informação que a Direção-Geral da Saúde deu ordem para deixar de testar à Covid-19 os contactos de alto risco. Este mesmo jornal, avança que a Direção-Geral da Saúde (DGS) deu ordem para deixar de testar à Covid-19 os contactos de alto risco, com uma nova norma que limita as análises dos casos secundários a situações de surto, aglomerados ou coabitantes. O jornal escreve ainda que a Ordem dos Médicos defende que esta alteração viola a principal recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em comunicado enviado às redações durante a madrugada, a DGS “desmente categoricamente” esta informação, ressalvando que “a possibilidade da realização de testes a contactos de casos confirmados de Covid-19 sempre dependeu, e continua a depender, da estratificação de risco efetuada pelas autoridades de saúde”.
De acordo com a noticia avançada pela revista Sábado, a DGS “desmente categoricamente” esta informação.
“Não é verdade, portanto, que Portugal vá reduzir o número de testes, como afirma o jornal. Nem é verdade que a norma em causa exclua ou restrinja o universo de pessoas sujeitas à realização de testes. E muito menos é verdade que estejam a ser violadas quaisquer indicações da OMS”, afirma a DGS.
A DGS assegura ainda que “as autoridades de saúde portuguesas continuam firmemente empenhadas na aplicação da estratégia de “testar, testar, testar”, o que já conduziu à realização em Portugal de mais de 1,6 milhões de testes laboratoriais para SARS-CoV-2, tendo a percentagem de testes positivos vindo a diminuir de forma consistente ao longo das últimas semanas (2,9% no dia 29 de julho)”.
De seguida, a DGS ressalva que a norma publicada no dia 24 de julho sobre o rastreio de contactos “nada altera a este respeito”, prevendo justamente a realização de teste a contactos de alto risco.
“Tal como explicado ao jornal, a realização de testes a contactos próximos (também classificados como contactos de alto risco) é controversa na literatura científica, não havendo consenso entre os vários peritos e nas práticas dos vários países”, lê-se na nota.
Segundo explica a DGS, na maior parte dos países a realização de testes a contactos de alto risco assintomáticos não é recomendada, a não ser em em situações específicas, como as de surto. Mas ressalva: “Sem prejuízo destes factos, a norma publicada prevê a realização de teste a contactos de alto risco, sempre de acordo com avaliação de risco pelas autoridades de saúde”.