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COVID-19: Estudo aponta Beja e Portalegre como os distritos do Alentejo que menos respeitaram o confinamento

Segundo o estudo “COVID-19 Insights”, da Cotec Portugal e da Nova Information Management School (NOVA IMS) da Universidade Nova de Lisboa, é possível “perceber as tendências de mobilidade dos portugueses, utilizando, para isso, os dados de histórico de localização da Google”.

Nestes dados é possível perceber “as tendências de mobilidade dos portugueses nos locais de trabalho; transportes públicos; parques de estacionamento; supermercados e farmácias; e retalho e diversão e também por distrito”.

Relativamente à média a nível nacional “Bragança, Beja e Portalegre foram os distritos que menos respeitaram o confinamento na residência. Por seu lado, Lisboa, Madeira e Setúbal foram aqueles onde se registou maior redução da presença física nos locais de trabalho”, apresentam os dados.

Este estudo refere também que houve um “aumento da permanência nas zonas residenciais, face ao período de normalização (dados de janeiro e fevereiro)” que se situa na “casa dos 20% a cada fim de semana, quando durante a semana permanece acima dos 30%”. Segundas e sextas-feiras são os dias em que “os portugueses mais ficam em casa por comparação com o período de referência”.

Quanto à prevalência da infeção em Portugal “ou seja, o número total de pessoas infetadas simultaneamente – atingirá o pico esta semana, com um máximo de 27.837 infetados, segundo o novo “Dashboard, COVID-19 Insights”, (…) divulgado esta sexta-feira”.

No entanto esta realidade é assimétrica a nível nacional. Na análise lê-se que nas “regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo, o pico da prevalência da infeção está previsto apenas para 15 de maio, enquanto regiões como os Açores e o Algarve já terão ultrapassado este período”.

“A incidência da infeção tem sido um indicador muito destacado nas últimas semanas mas a prevalência da infeção é, atualmente, tão ou mais importante. Quanto maior for o stock de pessoas infetadas, maior será o risco de ressurgimento da propagação da doença, principalmente no momento atual de alteração de comportamentos, com a retoma gradual da economia”, explica Pedro Simões Coelho, professor catedrático da NOVA IMS e um dos coordenadores do projeto.

“Acresce que o tão falado coeficiente de reprodução da infeção, o famoso R0, não atinge ainda os valores de segurança, desejavelmente abaixo de 1, o que pode induzir a qualquer momento uma subida súbita do número de infeções se os comportamentos adequados não forem uma constante”, reforça.

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