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COVID-19: Fábrica de Vendas Novas produz máscaras para o Hospital de Évora

São cerca de 4 mil as máscaras que a AUNDE Portugal – Indústria de Confeção de Capas, em Vendas Novas, está a produzir para entregar no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), devido à pandemia COVID-19.

Em declarações à Lusa, Ana Paula Rufas, responsável de Recursos Humanos, conta que “o primeiro dia de produção foi na quarta-feira e tivemos de afinar o processo e as máquinas porque produzimos capas para estofos de automóveis e aviões, é algo completamente diferente”.

Após a afinação do processo e das máquinas para a costura das máscaras, afirma que na primeira jornada “conseguimos produzir 500 máscaras” e que no dia de hoje já foi possível produzir mais.

A Responsável de RH explicou que o objetivo é fabricar “cerca de 4 mil máscaras de proteção para os profissionais do Hospital de Évora”.

Explica que foi o hospital quem cedeu o material pois “não temos matéria-prima adequada para este tipo de produtos. O hospital é que nos forneceu o material e as máscaras têm um tecido externo e um interno e levam um elástico, mas, como já acabámos a reserva que tínhamos, agora estamos a usar uma fita, que as prende atrás das orelhas”.

O presidente da Câmara de Vendas Novas, Luís Dias, disse à Lusa ter tido conhecimento, através da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central “da necessidade de produzir algumas máscaras” para o HESE. Para tal, “foram mobilizados estes recursos para a confeção destas máscaras que vão munir o HESE de uma resposta que, de outra forma, não teria em tempo útil”, destacou.

A empresa, de administração turca e parte do grupo multinacional alemão AUNDE esta semana não estava a operar, mas acedeu “de imediato” a colaborar no fabrico das máscaras, ao ser contactada pelo Presidente da Câmara e após reuniões com o HESE, e tem a laborar 26 operadores de costura, disse Ana Paula Rufas.

“Não estamos a cobrar nada. Recebemos o material do hospital e doamos as máscaras. A nossa mão-de-obra é toda por conta da empresa”, frisou.

A pedido do HESE, a AUNDE desenvolveu ainda protótipos de outros equipamentos como cobre-botas e cogulas (gorros protetores da cabeça e do pescoço) que vai agora submeter a análise do hospital, para ver se cumprem os requisitos técnicos.

“Se o hospital aprovar e como nos mandaram, além de material já cortado para máscaras, também material não cortado, ficamos à espera que nos informem das suas necessidades, para ver se produzimos também estes equipamentos”, disse a responsável.

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