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COVID-19: Hospital de Évora poderá ter mentido nos factos do nascimento do bebé

Avança o Lidador Notícias que o Conselho de Administração do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) mentiu na nota de imprensa, publicada pela RC, emitida a acerca do nascimento do primeiro bebé da região Alentejo, cuja mãe está infetada com COVID-19.

No comunicado é referido que a grávida vinha do distrito de Beja e que “tinha sido encaminhada” pela Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), por esta unidade “entender não reunir as condições necessárias para a realização deste parto”.

Segundo apurou o Lidador Notícias junto da ULSBA “a parturiente nunca deu entrada nos serviços do Hospital José Joaquim Fernandes (HJJF), em Beja, pelo que nunca poderia ter sido remetida desta unidade para qualquer outra unidade de saúde”.

Sabe-se que a mulher e o marido tinham residência em Moura, distrito de Beja, mas que, alegadamente, se tinham refugiado há alguns dias em casa de familiares na aldeia de Alqueva, distrito de Évora, após terem tido conhecimento que estavam infetados com o novo coronavírus. O casal, de etnia cigana, terá deixado Moura depois de terem sido confirmados 32 casos positivos no lugar do Espadanal.

Na terça-feira, cerca das 18:45 horas, o Centro de Orientação de Doentes Urgentes acionou a ambulância do INEM dos Bombeiros de Portel para o transporte da mulher desde Alqueva até ao Hospital de Évora. Quando os operacionais do Corpo de Bombeiros deixaram o quartel estavam informados de que a parturiente estava infetada com o novo coronavírus.

Ainda que a mulher tivesse sido transferida do Hospital de Beja, seria ao abrigo das normas emitidas pela Direção-Geral de Saúde em que o HESE é a unidade médica de referência para estes e os outros casos de maior complexidade, por dispor de equipamento especializado de ventilação.

Ao Lidador Notícias a ULSBA assegurou que a mulher “foi acompanhada durante o período gestação no HJJF, mas nem deu entrada no hospital”, não tendo o Conselho de Administração presidido por Conceição Margalha, reagido quando colocado perante o comunicado dos colegas da unidade hospitalar de Évora.

A mesma fonte informa que contactou por telefone a assessora de imprensa do Hospital de Évora que solicitou o envio de um mail a que não deu resposta.

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