O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) está a retomar, de forma gradual, a realização de cirurgias programadas, após a “diminuição da pressão nos internamentos” de doentes com covid-19, disse hoje a presidente daquela unidade.
de acordo com a notícia avançada pela Agência Lusa, a presidente do conselho de administração do HESE, Maria Filomena Mendes, indicou que a retoma destas cirurgias começou “há duas semanas”, com a reversão de uma enfermaria que estava dedicada a doentes com covid-19.
“Quando começou a diminuir a pressão sobre os internamentos, começámos a libertar enfermarias que tínhamos adaptado, no período de maior intensidade, para doentes ‘covid’”, o que permitiu “retomar as intervenções que estavam suspensas”, adiantou.
A responsável referiu ainda que o hospital de Évora “nunca parou e continuou a responder a grande parte das consultas e exames”, mas, na atividade cirúrgica, “foi mais difícil”, porque as enfermarias de cirurgia e ortopedia passaram a receber doentes com covid-19.
“Só quando libertámos estas enfermarias é que conseguimos responder plenamente à atividade cirúrgica de doentes não ‘covid’”, salientou.
Segundo a presidente do Hospital do Espírito santo, em Évora, devido ao período “mais grave” da pandemia na Região Alentejo, em janeiro deste ano, a unidade hospitalar suspendeu as cirurgias que “não eram prioritárias e as que não foram consideradas inadiáveis”.
Contudo, “mesmo no pico da pandemia no Alentejo e, consequentemente, no nosso hospital, foram feitas todas as cirurgias que os médicos assistentes dos doentes e os diretores dos serviços entenderam como inadiáveis”, sublinhou.
Quanto à realização, neste período, de exames e consultas, esclareceu a responsável, o HESE manteve “um volume muito significativo” nas áreas de especialidade que “não estiveram tão envolvidas na resposta aos doentes covid-19”.
Maria Filomena Mendes sublinhou ainda que o HESE teve “uma grande concentração de doentes” com covid-19 em janeiro e no início de fevereiro.
Do total de 700 doentes com covid-19 internados na unidade hospitalar desde o início da pandemia, “mais de 50% foram já em 2021”, destacou Maria Filomena Mendes o que “fez com que houvesse uma grande necessidade de existirem instalações adaptadas”, como também de mobilizar “todas as equipas” para dar resposta aos doentes infetados pelo coronavírus SARS-CoV-2, disse.
Maria Filomena Mendes referiu que , com a diminuição da pressão nos internamentos, o HESE passou de cerca de 100 camas para covid-19 para as atuais 32, em duas enfermarias.Já a unidade de cuidados intensivos (UCI) manteve a sua capacidade máxima de 19 camas, adiantou.
Esta manhã, revela a Agência Lusa, o HESE tinha internadas 27 pessoas infetadas o SARS-CoV-2, nomeadamente 16 doentes nas duas enfermaria e no equipamento municipal de apoio e outros 11 em UCI.