Cerca de 60 idosos infetados com COVID-19 vão ser transferidos do lar de Reguengos de Monsaraz para um pavilhão, que está a ser preparado para os acolher, no parque de feiras da cidade, revelou hoje a câmara.
“A expectativa é que a transferência seja feita ao início da manhã de sexta-feira, a seguir ao pequeno-almoço dos idosos”, disse hoje à Lusa o presidente da câmara, José Calixto, embora sem indicar hora, porque os trabalhos de preparação das instalações que vão receber os utentes do lar continuam a decorrer.
A transferência vai abranger cerca de 60 utentes infetados do lar: “digo cerca de seis dezenas porque pode haver algum utente que esteja no hospital e que regresse positivo e, portanto, temos que acrescentar a essa lista. Mas todos os utentes positivos que permanecem no lar vão ser transferidos para este pavilhão multiusos”, disse o autarca.
O presidente da câmara explicou que os trabalhos no pavilhão começaram “hoje de manhã em termos mais intensos” e deverão durar “entre 24 a 36 horas”.
Os idosos infetados, que têm sido mantidos no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), onde surgiu o surto da doença, no dia 18 de junho, vão ser levados para o pavilhão multiusos por este oferecer melhores condições, disse José Calixto
Trata-se de “um pavilhão climatizado” e que, “face às temperaturas que se aproximam, é mais adequado para a qualidade de vida” dos idosos, possuindo “espaços exteriores em que eles podem deslocar-se”, pois, o parque de feiras está vedado, indicou.
A transferência, decidida “no momento adequado” pela Autoridade de Saúde Pública e aprovada hoje pela Comissão Municipal de Proteção Civil, visa “a melhoria da qualidade de vida dos utentes”, sublinhou.
Por outro lado, “aproximamo-nos dos 14 dias sobre a eclosão do surto epidémico no lar e isso permitirá termos a expectativa que a Autoridade de Saúde Pública mande fazer testes a estes utentes positivos”, referiu.
“Assim que alguns forem considerados oficialmente curados e queremos que sejam todos, temos que, entretanto, descontaminar toda a instalação atual do lar” para que possam depois regressar “todos curados, em boas condições”, a essas mesmas instalações”, vincou José Calixto.
No pavilhão multiusos, que deverá ter 64 camas, está a ser feito “um trabalho imenso”, com a montagem de divisórias para os quartos dos doentes, de instalações sanitárias.