A República da Irlanda publicou esta quarta-feira uma ‘lista verde’ de 13 países cujos viajantes estão isentos de cumprir a quarentena ao chegar à Irlanda e que exclui países como Portugal, Espanha, França e o vizinho Reino Unido.
Fora da lista da Irlanda ficou igualmente os Estados Unidos, cujos visitantes devem continuar a restringir os movimentos ao chegar a qualquer porto ou aeroporto da ilha com um período de autoisolamento de 14 dias.
A lista é composta por 13 países europeus e dois territórios (Gibraltar e Groenlândia), que possuem um número de casos de coronavírus por 100.000 habitantes igual ou menor do que a Irlanda: Malta, Finlândia, Noruega, Itália, Hungria, Estónia, Letónia, Lituânia, Chipre, Eslováquia, Grécia, Mónaco e São Marinho.
O Governo irlandês divulgou a decisão durante a madrugada depois de uma longa reunião que começou na terça-feira à noite e que mostrou divisões internas entre os ministros que integram os dois grandes partidos irlandeses: o centrista Fianna Fáil e o democrata cristão Fine Gael, e os verdes.
Alguns ministros consideravam que a nova medida pode provocar mensagens confusas aos cidadãos porque a posição oficial do Governo corresponde às determinações da Equipa Pública de Emergências de Saúde Pública (NPHET).
O organismo continua a defender que não se devem fazer deslocações ao estrangeiro, seja qual for o destino.
“Se a recomendação sobre viagens para países incluídos na ‘lista verde’ não é diferente da dos outros países (sobre deslocações), então seria melhor que não houvesse uma ‘lista verde'”, alertou o vice-primeiro ministro e ex-chefe do governo, o democrata-cristão Leo Varadkar.
Mesmo assim, o executivo de Dublin, após a publicação da lista divulgou um comunicado referindo que “as recomendações sobre a saúde pública continuam a ser as mesmas” já que a pandemia “não acabou” acrescentando que “o mais seguro é não viajar”.
O Governo diz ainda que vai reforçar as medidas de vigilância à quarentena (14 dias) que devem ser cumpridas por todos os passageiros que entrem no país “desde qualquer destino”, mesmo que não esteja na lista, uma medida que também deve ser cumprida pelos residentes na República da Irlanda.
Dublin indicou ainda que vai rever a situação e a composição da “lista verde” dentro de duas semanas.
FONTE: AGÊNCIA LUSA