Os lares foram pressionados a agir perante os constrangimentos colocados com a pandemia de COVID-19 e procuraram adaptar-se investindo mais em recursos digitais, visando colocar em contacto os idosos e as suas famílias.
Exemplos desta adaptação comum a muitos lares do país é o lar da Póvoa e Meadas, em Portalegre.
O Lar da Póvoa e Meadas para desenvolver a tecnologia da instituição teve o apoio de 20 mil euros do programa Gulbenkian Cuida Covid-19, concurso criado em tempo de pandemia com a parceria da Segurança Social para “reforçar a capacidade de resposta das organizações da sociedade civil que prestam apoio à população idosa”.
O lar de Portalegre apostou na compra de um computador para os 62 utentes da instituição e ‘tablets’ com internet para os 11 utentes ao domicílio, com uma aplicação instalada, funcional apenas para os utentes e familiares, desde maio de 2020.
Esta aplicação permite aos utilizadores fazer tudo sem entrar na normal rede ‘online’, e aos familiares e funcionários do lar monitorizar o que está a ser feito por cada um e receber sinais de alerta.
Os utentes do lar funcionam autonomamente com a aplicação que lhes permite jogar, ver filmes, ler notícias, ouvir música e contactar com os familiares por videochamada.
“O sistema é muito simples, [os utentes] nem precisam de escrever nada, porque funciona à base do toque. A ativação também é intuitiva, basta encostar um cartão (no caso do PC) e automaticamente têm um utilizador associado”, explicou a diretora técnica, Susana Simão.
Quem não souber ler ou escrever “também pode facilmente usar a aplicação tanto no ‘tablet’ como no computador, porque esta tem cores e simbologias próprias e orienta com o piscar de botões”, concluiu.