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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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COVID-19: Lar privado em Redondo com quase todos os utentes infetados e um óbito

A quase totalidade dos 22 utentes de um lar privado em Redondo, ficou infetada com o vírus da COVID-19 e registou-se um óbito associado à doença, disse hoje o presidente da câmara.

O surto foi detetado, há cerca de uma semana, na Residência de Idosos Terceiro Éden, depois de uma funcionária ter apresentado sintomas, indicou à Lusa o autarca de Redondo, António Recto.

Segundo o autarca, que indicou que há também funcionários infetados, mas não soube precisar quantos, há uma semana, nos primeiros testes para o SARS-CoV-2 na instituição, foram detetados 11 utentes com o coronavírus e, depois, mais nove.

Uma utente deste lar infetada com o vírus da COVID-19 morreu na semana passada, adiantou, referindo que os restantes residentes infetados encontram-se “estáveis”.

António Recto assinalou que a Zona de Concentração e Apoio à População (ZCAP), instalada no Pavilhão de Exposições, com 36 camas, e mais dois espaços do município estavam preparados para receber os utentes que tinham testes com resultado negativo.

Contudo, argumentou, a proprietária do lar recusou sempre a transferência dos utentes com teste negativo por não ter funcionários para os acompanharem e entendeu “fazer a divisão no próprio lar”.

O autarca garantiu que foi ele próprio quem comunicou à diretora do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Alentejo Central a pedir assistência médica para os utentes e solicitou à Segurança Social a colocação de uma brigada no lar.

“Existe uma enorme dificuldade em articular com as autoridades com competências nesta matéria, sobretudo com a Saúde Pública”, criticou, considerando também que existiu “dificuldades de gestão” por parte da proprietária do lar.

A Lusa tentou contactar a proprietária da instituição, mas não obteve resposta por telefone ou correio eletrónico.

Mas, em declarações ao Jornal de Notícias (JN), a responsável alegou que o delegado de saúde lhe disse que “todos os utentes que estavam negativos seriam retirados do lar”, frisando que “como a câmara não tinha espaço, nem camas, não retiraram nenhum”.

“Por isso é que, quando vieram repetir os testes, os outros já estavam infetados”, lamentou.

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