A empresa farmacêutica norte-americana Pfizer está a preparar-se para pedir de emergência a aprovação da sua vacina contra a covid-19, informou ontem ao final do dia o presidente da empresa, Albert Bourla.
Albert Bourla fez a declaração num fórum organizado pelo “The New York Times” e na STAT News, após a sua empresa e o parceiro alemão, a BioNTech, terem anunciado em 9 de novembro que a vacina é eficaz em mais de 90%.
“Estamos muito perto de pedir a autorização de emergência”, disse o responsável da farmacêutica, que não quis adiantar uma data precisa, de acordo com a notícia avançada pelo Jornal de Notícias.
Segundo Bourla, a Pfizer já reuniu os dados de segurança requeridos pelas autoridades sanitárias, que exigem que os fabricantes acompanhem durante dois meses pelo menos metade das pessoas que receberam a vacina durante os ensaios da fase 3. Os ensaios, que começaram em julho, envolveram quase 44 mil pessoas e, de acordo com a empresa, a vacina mostrou uma eficácia superior a 90% nos participantes sem qualquer prova prévia de infeção.
Após o anúncio feito pela Pfizer e BioNTech, na segunda-feira, também a empresa de biotecnologia Moderna anunciou os resultados dos testes do seu projeto de vacina, que apontam para uma eficácia de cerca de 94%.
Albert Bourla, da Pfizer, no fórum do STAT News, disse estar aliviado por saber que existe outra vacina de sucesso e manifestou-se confiante de que haverá ainda mais, dado que a procura global será maior do que a capacidade de qualquer empresa.
Quando anunciaram o sucesso dos seus ensaios, a Pfizer e a BioNTech indicaram que esperam produzir 50 milhões de doses este ano e 1,3 mil milhões de doses em 2021.