12.6 C
Vila Viçosa
Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Ouvir Rádio

Data:

Partilhar

Recomendamos

COVID-19: Portugal retirado da “Lista Negra” do Reino Unido

O governo britânico incluiu hoje Portugal na lista dos países com “corredores de viagem” para Inglaterra cujos passageiros ficam isentos de cumprir uma quarentena de duas semanas imposta devido à pandemia COVID-19.

“Os dados também mostram que agora podemos adicionar Portugal aos países INCLUÍDOS nos corredores de viagens”, disse o ministro dos Transportes, Grant Shapps, através da rede social Twitter.

Pelo contrário, Croácia, Áustria e a ilha de Trinidad e Tobago, nas Caraíbas, vão ser retiradas da lista a partir da madrugada de sábado devido ao crescente número de infeções, tal como tinha acontecido na semana passada com França, Países Baixos, Mónaco, Malta, as ilhas Turcas e Caicos e Aruba, e anteriormente com Bélgica, Andorra, Bahamas, Espanha e Luxemburgo.

A medida toma efeito a partir das 04:00 de sábado, pelo que as pessoas que cheguem de Portugal antes continuam sujeitas a quarentena.

“Como acontece com todos os países com corredores aéreos, esteja ciente de que as coisas podem mudar rapidamente. Viaje apenas se estiver satisfeito com a quarentena inesperada de 14 dias, se necessário”, refere Shapps, falando por experiência própria, pois teve de ficar 14 dias em isolamento ao voltar de férias em Espanha.

Escócia também confirmou a isenção de Portugal da quarentena, sendo incerto de País de Gales e Irlanda do Norte vão seguir a orientação do governo de Boris Johnson.

A imprensa britânica tem especulado sobre a possível remoção da Grécia e Suíça da lista dos “países seguros” devido ao aumento do número de infeções naqueles países, mas o anúncio de hoje do ministério dos Transportes não mencionou estes países europeus.

Portugal junta-se assim a um grupo reduzido de países que foram adicionadas à lista de “corredores de viagem” com o Reino Unido desde meados de julho, que incluem a Estónia, Letónia, Eslováquia, Eslovénia, o arquipélago de São Vicente e Granadinas, Brunei e Malásia.

Shapps disse hoje que são usados vários critérios, como a prevalência estimada de covid-19, o nível e a taxa de mudança na incidência de casos positivos confirmados ou a capacidade dos testes num país.

Porém, na semana passada admitiu que um dos fatores principais é o valor de 20 casos por 100.000 habitantes ao longo de sete dias, e que acima deste número os países são considerados de risco e abaixo seguros.

De acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, Portugal tem vindo a registar um decréscimo no número de infeções, tendo registado 27,8 casos por 100.000 habitantes nas últimas duas semanas.

O relatório semanal deverá ser publicado hoje mais tarde.

O Reino Unido introduziu a necessidade de auto-isolamento por 14 dias a todas as pessoas que cheguem do estrangeiro ao Reino Unido em 08 de junho para evitar a importação de infeções, mas um mês depois isentou cerca de 70 países e territórios, considerados de baixo risco.

A isenção de quarentena é acompanhada com a mudança do conselho do ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) contra as viagens não essenciais para aqueles destinos, importante para efeitos de seguro de viagem.

Portugal, tal como a Suécia e Estados Unidos, esteve sempre fora da lista britânica dos destinos seguros, decisão que o governo português questionou por considerar não ser “baseada nos factos e nos números que são públicos”.

O Reino Unido é o principal mercado emissor de turistas para Portugal, tendo representado cerca de 20% do total em 2019.

O Reino Unido registou até agora 41.403 mortes, o número mais alto na Europa e o terceiro maior no mundo atrás dos EUA e Brasil.

Em Portugal, morreram 1.788 pessoas das 54.992 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 787.918 mortos e infetou mais de 22,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

(FONTE: AGÊNCIA LUSA)

Populares