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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Covid 19 – Portugal retoma uso da AstraZeneca na segunda feira. “Vamos acelerar e recuperar atraso”

Direção-Geral de Saúde (DGS), Infarmed e a task-force realizaram conferência de imprensa para anunciar a retoma da vacina da AstraZeneca na segunda-feira, depois de a Agência Europeia do Medicamento ter concluído que o fármaco é “seguro e eficaz”.

A task-force responsável pela vacinação contra a Covid-19 em Portugal anunciou que o plano de utilização da vacina da AstraZeneca, que sofreu uma pausa de dias, vai ser “posto em marcha, outra vez, a partir de segunda-feira”.

“Vamos retomar o plano acelerando e recuperando o atraso” destes quatro, cinco dias em que não se administrou esta vacina, assegurou o vice-almirante Gouveia e Melo. 

Uma decisão que acontece depois de a Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter concluído que a vacina em causa é “segura” e “eficaz”. 

Depois de uma investigação nos últimos dias dos especialistas do regulador europeu, Emer Cooke garantiu que a administração da vacina da AstraZeneca “não está associada a um aumento do risco de eventos tromboembólicos responsáveis pelos coágulos sanguíneos” nalguns dos vacinados com este fármaco.  

Presente também na conferência, o presidente do Infarmed, Rui Ivo, disse que as conclusões da Agência Europeia do Medicamento foram “muito claras” quanto aos dois aspetos principais: o primeiro, que “os benefícios da vacina superam claramente qualquer risco de reações adversas”; o segundo, que “não está a vacina associada ao risco de aumento de coágulos sanguíneos”. 

O responsável indicou também que “há um conjunto de elementos mais concretos que foram analisados” e que ficarão plasmados nos dois documentos que irão ser publicados. 

Quanto às vacinas que a AstraZeneca tinha previsto para o segundo trimestre do ano, cerca de 4,4 milhões, estas foram reduzidas para 1,5 milhões de vacinas. “Os planos já estão adaptados para essas quantidades de vacinas”, disse o responsável pela task-force.

Docentes e não docentes vacinados a 27 e 28 

“Em princípio, para além de fazermos o arranque da vacinação com a AstraZeneca a partir de segunda-feira, os docentes e não docentes serão vacinados no próximo fim de semana a seguir”, informou Gouveia e Melo. Ou seja, a partir de dia 27 e 28 de março. 

Sobre a vacinação dos docentes e não docentes, Graça Freitas fundamentou que, pertencendo as escolas ao primeiro setor a desconfinar, optou-se por uma “tentativa de proteção ainda maior da comunidade escolar”, com a “expetativa real que no início do próximo mês vamos ter vacinas de outras marcas para continuar o esforço de vacinação dos grupos de risco”. Trata-se de uma vacinação “em paralelo”  – a vacinação de grupos de risco e a vacinação de docentes e não docentes  – em que “uma coisa não impede a outra”, defendeu a diretora-geral de saúde. 

120 mil inoculações foram adiadas

Questionado sobre quantas pessoas ficaram por vacinar durante suspensão da AstraZeneca,  Gouveia e Melo disse terem sido adiadas inoculações de perto de 120 mil pessoas. Um atraso que o responsável voltou a garantir que “vamos recuperar muito rapidamente”. “Vamos continuar a vacinar outras pessoas, para além dessas 120 mil. Mais uma semana, semana e meia, vamos ter o plano recuperado como se não tivéssemos feito nenhuma pausa”, frisou. 

Interrogada sobre a decisão de Portugal  de suspender a utilização da vacina – tal como fizeram outros 20 países -, Graça Freitas defendeu que se tratou de “uma decisão de saúde pública”. “Há uma coisa que se chama o princípio da precaução em saúde pública. Na dúvida fez-se uma pausa. Como viram, esta pausa é facilmente recuperável. Não vai impactar significativamente no esforço de vacinação”, argumentou, dizendo que a decisão foi tomada por dois organismos técnicos (DGS e Infarmed), por precaução. 

Graça Freitas disse ainda que recusar ser vacinado com a vacina da AstraZeneca ou de qualquer outra marca é “uma hipótese que as pessoas não deviam colocar”. 

“A recusa de uma vacina é recusar proteger-se e recusar proteger-se contra uma doença grave”, afirmou, apelando aos portugueses que “ponderem muito bem antes de recusar” . “A alternativa é continuarem vulneráveis, suscetíveis e poderem desenvolver uma doença potencialmente grave ao ponto de ser letal”. 

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