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Covid-19: Unidades de saúde de Beja e Portalegre com mais afluência de casos suspeitos

As unidades de saúde dos distritos de Beja e Portalegre têm registado um aumento da afluência de casos suspeitos de covid-19 nas urgências e áreas dedicadas a doentes respiratórios, mas sem comprometer os cuidados de saúde às populações.

Na última semana, o hospital de Beja registou um aumento do número de doentes com covid-19, disse hoje à agência Lusa a presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), Conceição Margalha.

No entanto, frisou, “apesar do consequente impacto em alguns serviços, tem sido assegurada a atividade assistencial e os cuidados de saúde à população” no hospital de Beja.

Segundo a responsável, nos últimos dias, o hospital também registou “um aumento ligeiro” da afluência às urgências por doentes não urgentes, os quais têm sido triados para observação nas áreas dedicadas à covid-19.

A ULSBA tem verificado, igualmente, “um aumento da procura” por doentes com “sintomatologia ligeira” nas suas Áreas Dedicadas para Doentes Respiratórios (ADR), indicou.

Trata-se das ADR existentes nos serviços de urgência geral e pediátrica do hospital de Beja, nos serviços de urgência básica de Castro Verde e Moura e nos centros de saúde de Beja, Castro Verde e Cuba.

De acordo com Conceição Margalha, há hoje cinco doentes com covid-19 internados no hospital da capital de distrito, o que representa “uma taxa de ocupação próxima dos 27%” das 18 camas disponíveis para utentes com aquela doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2.

A capacidade de internamento desta unidade “é ajustável às necessidades” e, “face à evolução da situação pandémica e consequente procura, poderá sofrer alterações”, frisou.

Atualmente, neste hospital alentejano “não se verifica falta de camas, nem de outros meios necessários à prestação de cuidados de saúde”, disse, referindo que, “em termos de recursos humanos, pese embora dificuldades pontuais, tem sido possível garantir a resposta de saúde às populações”.

Quanto ao distrito de Portalegre, regista hoje 518 casos ativos de covid-19, estando internadas em enfermaria nove pessoas, com mais de 50 anos, mas sem que haja doentes internados em Unidade de Cuidados Intensivos (UCI).

Questionado pela agência Lusa, o porta-voz da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), Ilídio Pinto Cardoso, explicou que aquela unidade de saúde, que gere os hospitais de Portalegre e Elvas, possui atualmente “25 camas” afetas a doentes com covid-19 (20 em enfermaria e cinco em UCI), das quais “36% estão ocupadas”, ou seja, nove, indicou.

Os meios humanos e o número de camas para dar resposta à pandemia estão, neste momento, “adequados” à procura existente, argumentou o responsável.

A ULSNA tem registado, nos últimos dias, um aumento de afluência às urgências, o que resulta de “vários fatores”, nomeadamente por se estar no período de inverno, mas também por doentes que, não sendo urgentes, têm acorrido a esse serviço, disse o porta-voz.

Já o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), igualmente questionado pela Lusa, limitou-se a indicar que, ao dia de hoje, tem “quatro doentes em enfermaria” e nenhum na UCI.

A afluência ao serviço de urgência desta unidade, “até ao momento, está dentro da normalidade, para a época”, acrescentou.

A covid-19 provocou mais de 5,41 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.921 pessoas e foram contabilizados 1.330.158 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

Uma nova variante do SARS-CoV-2, a Ómicron, considerada preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.

C/Lusa

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