Depois de uma terça-feira quente em que o presidente da Câmara Municipal de Elvas retirou os pelouros aos vereadores Rondão Almeida e Elsa Grilo, parece agora haver “fumo branco”.
Nuno Mocinha e Rondão Almeida marcaram para hoje ao final da manhã um encontro com os jornalistas para dar a conhecer que afinal poderá haver entendimento.
O presidente do município elvense começou por justificar que a decisão tomada no dia 15 de julho deveu-se a “atitudes em que me senti ultrapassado daquilo que são as funções de presidente de câmara e neste momento o despacho está assinado, os vereadores estão sem pelouros”, acrescentando, “estamos num momento de diálogo, ou temos condições para chegar a um entendimento, talvez haja mal entendidos de parte a parte e sejam esclarecidos”.
Nuno Mocinha continua, “se colocasse a hipótese de não poder chegar a qualquer entendimento, não faria sentido ter a meu lado o comendador Rondão Almeida, só através do diálogo se consegue ultrapassar esta situação”.
O autarca diz ainda, “o que está em causa é que eu me revejo na obra dele mas como sabemos, tem um carater muito afincado, firme, estou em crer que muitas vezes as interpretações que possa ter feito não tiveram o sentido que eu as interpretei”.
Nuno Mocinha justifica ainda a sua atitude, “não se tiram pelouros sem se ponderar muito bem, acima de tudo o que temos é uma relação entre pessoas e não foi possível até à minha tomada de posição chegarmos a qualquer tipo de entendimento, não vos garanto nada, o que posso dizer é que estou firme da minha posição, sei que sou o presidente da câmara, sei quais são as minhas competências, quais são os meus limites e o que me comprometi com a cidade de Elvas, com o meu concelho”.
Já Rondão Almeida na sua intervenção refere que “cada um tem a sua maneira de trabalhar, o seu feitio e no meu ponto de vista, cada vez que houver um mau entendimento se seguisse um diálogo”, continuando, “os homens mais fortes são aqueles que são capazes de criar a paz e não incendiar as guerras, onde há dois seres humanos há dois pensamentos diferentes, houve falta de diálogo, e o mais forte é aquele que é capaz de ponderar o que é melhor para o seu concelho e nunca foi posto em causa que o presidente da câmara é o Nuno Mocinha, ele vai ter que compreender que a nossa oposição é aquela que me fez oposição durante muitos anos, que eram anti Rondão”.
O comendador diz ainda, “fomos sempre amigos, essa leitura é que vai merecer um diálogo, o meu presidente Nuno Mocinha sabe que tem uma excelente equipa e pode dar-lhe toda a liberdade”, finalizando, “não tenho qualquer dúvida que tudo vai voltar ao que estava porque somos pessoas responsáveis e temos uma responsabilidade perante a população, e este exemplo só serviu para reforçar a amizade e o espirito de equipa”.
Nuno Mocinha interveio ainda para dizer, “existem pontos de vista que têm que ser analisados e espero que consigamos chegar a alguma conclusão em breve”.
