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Crise política em Elvas: Nuno Mocinha faz convites e Tiago Abreu declina funções a tempo inteiro (c/som e fotos)

Depois de no dia 15 de Julho, ter-se instalado uma crise política na Câmara de Elvas, com o atual Presidente de Câmara, Nuno Mocinha, a retirar os pelouros aos vereadores Elsa Grilo e José Rondão Almeida e posteriormente aos vereadores Manuel Valério e Tiago Afonso, muitos têm sido os acontecimentos que veem marcando a vida politica deste concelho raiano.

Na manhã desta segunda-feira, 8 de Agosto, realizou-se uma reunião entre Nuno Mocinha e os vereadores Vitória Branco e Tiago Abreu, em que se abordou e analisou a situação política da Câmara Municipal de Elvas e a viabilização da proposta de Orçamento da Câmara Municipal de Elvas para 2015.

Em conferência de imprensa posteriormente realizada o autarca elvense informou ter perguntado “ao vereador Tiago Abreu se estava disponível para assumir funções na Câmara Municipal”. Um convite que foi declinado devido às “funções de assessor na Assembleia da República, no Grupo Parlamentar do CDS/PP, e que o compromisso com o partido é para toda a atual legislatura, o vereador Tiago Abreu informou que considera mais útil desempenhar as suas funções em Lisboa, mas não deixou de se manifestar disponível para viabilizar a governação na Câmara Municipal de Elvas.” – acrescentou Mocinha.

Mas uma das decisões que ficaram tomadas nesta reunião prende-se com “a afetação de algumas novas funções à vereadora Vitória Branco.”, bem como o convite ao “vereador Manuel Valério, para voltar a exercer as funções de vereador a tempo inteiro na Câmara Municipal de Elvas.” Pois segundo Nuno Mocinha, “tal convite assenta na sua posição no decurso da última reunião da Câmara Municipal, no passado dia 13, na qual o vereador Manuel Valério demonstrou um elevado sentido de responsabilidade, ao estar do lado dos Elvenses e disponível para criar as condições necessárias à estabilidade governativa da Câmara.”

Confrontado pela Rádio Campanário, com a recusa aos dois convites, Nuno Mocinha reage dizendo que “conto com uma excelente equipa, que são todos os funcionários da câmara”, acrescentando ainda que “a porta sempre se manteve aberta, tanto para o vereador Valério como para o vereador Tiago Afonso, desde que eles reúnam as condições próprias para continuar a desempenhar as suas funções como até aqui, era um trabalho que ficaria mais facilitado”.

Questionado sobre a governabilidade sem a maioria, o autarca refutou com dando o exemplo da ultima reunião de câmara em que Manuel Valério votou a seu favor.

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Depois da comunicação feita por Nuno Mocinha, seguiu-se uma conferência de imprensa, onde o vereador Tiago Abreu, eleito pelo CDS-PP, explanou o seu ponto de vista em relação à reunião matinal.

Tiago Abreu, no seu comunicado afirma que “apenas uma situação politicamente anormal poderia leva a que fosse questionada a minha disponibilidade para exercer funções na Câmara Municipal”, salientando mesmo que “eu e o Dr. Nuno Mocinha representamos partidos e projectos diferentes para a nossa cidade, não estou por isso ao lado de Nuno Mocinha mas ao lado da razão que está, a meu ver, totalmente do lado de Nuno Mocinha”.

O eleito do CDS-PP, diz ainda que “fui eleito para ser oposição e é isso que continuarei a fazer de forma consciente e responsável”, acrescentando que “posso garantir que pela minha parte o orçamento da Câmara Municipal passará, e passará pois foi discutido entre mim e pelo senhor Presidente”.

Mas no final da sua declarações Tiago Abreu deixou a porta aberta a um possível recuo no declino do convite de exercer funções a tempo inteiro na câmara, dizendo que “estarei muito atento à atuação dos vereadores Rondão Almeida e Elsa Grilo e que se verificar que existe necessidade por parte do executivo de ter mais alguém no terreno analisarei de novo a proposta que me foi hoje apresentada.”

Questionado pela Rádio Campanário, sobre o apoio a Nuno Mocinha, Tiago Abreu voltou a afirmar que “continuo a apoiar este presidente na base em que ele tem razão nas atitudes que tem tomado”. Questionado também sobre a governabilidade da Câmara Municipal, sem uma maioria, o vereador referenciando também a “inflexão de posições que permite dizer ao presidente de câmara, que o vereador Valério votará em consciência, portanto isto quer dizer muita coisa”.

 

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